sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Número de cidades em estado de emergência em Minas Gerais sobe para 207

Subiu para 207 o número de cidades de Minas Gerais que decretaram situação de emergência em razão das chuvas desde outubro de 2011. O número de cidades que apenas informaram danos relativos à chuva chega a 45, totalizando 252 municípios prejudicados, até o momento.

Dados divulgados pela Coordenaria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais mostram mais de 101 mil pessoas desalojadas, 8,6 mil desabrigadas, 18 mortas, uma desaparecida e 186 feridas. A soma de casas danificadas parcialmente ou destruídas chega a 26.810; em relação às pontes, o total é de 1.243.

As cidades onde foram registradas mortes são: Belo Horizonte, Reduto, Governador Valadares, Visconde do Rio Branco, Ouro Preto, Guidoval, União de Minas, Guaraciaba, Além Paraíba, Ponte Nova e Santo Antonio do Rio Abaixo.

Ainda segundo a Defesa Civil, cerca de 101 mil pessoas foras desalojadas das chuvas que atingem o Estdo de Minas Gerais.

Fonte: http://tempo.ruralbr.com.br/noticia/2012/01/numero-de-cidades-em-estado-de-emergencia-em-minas-gerais-sobe-para-207-3645333.html

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Brasil pode ter quase 90% mais enchentes até 2100, diz estudo

A ocorrência de enchentes em rios do Brasil pode ser quase 90% maior até o fim do século, se nada for feito para combater as mudanças climáticas, de acordo com um estudo divulgado na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima em Durban, na África do Sul.

A pesquisa científica do Met Office Hadley Centre, da Grã-Bretanha, simulou os impactos, em 24 países, de emissões - no padrão atual - em 21 modelos climáticos diferentes. Cada modelo foi produzido por computadores poderosos que simulam a interação entre parâmetros de dados da atmosfera, temperaturas e oceanos.

No caso do Brasil, a conclusão a que chegaram é que o risco de aumento de enchentes no país seria 87% mais alta que atualmente. Esse é o valor central entre os dois extremos dos resultados apresentados pelos modelos climáticos, tanto de aumento (na maioria) quanto de redução do risco.

Os resultados mais extremos dos modelos chegaram a indicar um aumento de 638% no risco de cheias no Brasil. Por outro lado, houve modelos que indicaram até queda neste risco, com o mínimo sendo de -67%.

Sem ações para a redução de emissões, o aumento de temperatura pode ficar entre 3ºC e 5ºC até o fim do século, segundo a pesquisa.

Outra pesquisa divulgada no início da semana indica que, mesmo com as reduções já prometidas, o aquecimento global até 2100 pode chegar a 3,5ºC.

Sinal de alerta

A pesquisa foi encomendada pelo governo britânico e usada como sinal de alerta para que os negociadores de 194 países reunidos em Durban busquem um empenho maior na busca por um acordo de redução de emissões.

"Nós queremos um acordo global e legalmente vinculante para manter (o aumento) das temperaturas abaixo de 2ºC. Se isso for conseguido, este estudo mostra que alguns dos mais significativos impactos das mudanças climáticas poderiam ser evitados significativamente", afirmou o ministro de Energia e Mudança Climática da Grã-Bretanha, Chris Huhne.

Entre os 24 países analisados no estudo, o Brasil, apesar da possibilidade alarmante de aumento de enchentes, aparece como um dos que menos seriam afetados pelas mudanças climáticas, tanto positivamente quanto negativamente.

A Espanha, por exemplo, pode perder 99% da sua área de cultivo na agricultura, segundo os modelos climáticos, além de enfrentar um aumento na escassez de água que afetaria 68% da população.

A falta d'água também aparece como problema grave para o Egito, onde 98% da população seria afetada. O país norte-africano também perderia mais de 70% de sua área de cultivo.

A Grã-Bretanha, cujos dados meteorológicos, de temperatura e outros usados nos modelos são mais robustos, poderia até ter motivos para comemorar os impactos das mudanças climáticas. Enquanto o estudo indica que o Brasil não deve perder nem ganhar área de cultivo, a Grã-Bretanha poderia praticamente dobrar a sua agricultura, com um aumento de 96% na área compatível.

Os impactos se devem principalmente a previsões de mudança nos padrões de chuvas no planeta.

Isso pode levar a grandes riscos de fome, principalmente na África e em Bangladesh. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,brasil-pode-ter-quase-90-mais-enchentes-ate-2100-diz-estudo,808241,0.htm

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Amazônia vem se tornando "um vilão" para a camada de ozônio.

A Amazônia é importante para absorver gás carbônico e ajudar a combater o aquecimento global? O estudo mais recente sobre essa questão, que atormenta cientistas há décadas, aponta que ainda há dúvidas sobre se a região é mesmo um "sorvedouro" de carbono. Mas o trabalho conclui que o desmatamento e o aquecimento global estão gradualmente levando a região a se tornar mais uma fonte dos gases de efeito estufa do que um ralo para absorvê-los.

"Não sabemos de onde partimos, mas sabemos para onde estamos indo", disse à FolhaEric Davidson, cientista do Centro de Pesquisas de Woods Hole (EUA), que coordenou o trabalho.

"A mudança talvez seja de um sorvedouro de carbono forte para um sorvedouro fraco ou de uma fonte pequena de carbono para uma um pouco maior, talvez até cruzando essa barreira. Ainda não temos como estimar o fluxo líquido de carbono para toda a bacia Amazônica."

O estudo liderado por Davidson, publicado da edição da revista "Nature" nesta quinta-feira, foi um balanço dos quase 20 anos de pesquisas do LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia), o maior projeto de pesquisa em ecologia e geociências da região.

Mesmo sem uma resposta detalhada sobre essa questão estratégica, cientistas comemoram o fato de que os dados da iniciativa têm ajudado nas políticas de preservação da floresta.

"O LBA mostrou que em um período de forte estresse climático, como as secas de 2005 e 2010, a floresta se torna uma pequena fonte de carbono", diz Paulo Artaxo, geofísico da USP, também autor do estudo.

"Isso é importante porque a Amazônia tem em sua biomassa um reservatório de carbono equivalente a quase dez anos da queima mundial de combustíveis fósseis. Qualquer alteração nesse regime é significativa do ponto de vista da mudança climática."

Uma das conclusões que o LBA permitiu tirar é que, apesar de a Amazônia ser robusta o suficiente para suportar fatores individuais de estresse --secas, desmatamento e queimadas, entre outros--, a floresta pode não suportar todos ao mesmo tempo.

"Há sinais de uma transição para um regime dominado por perturbações", dizem Artaxo, Davidson e outros autores do trabalho.

MONITORAMENTO

Segundo o pesquisador brasileiro, um dos problemas em responder a questões complexas sobre o comportamento da floresta diante da mudança climática é que, apesar de ser o maior projeto de pesquisa na região, o LBA não é grande o suficiente.

"Temos 13 torres de fluxo [instrumentos para estudos atmosféricos] hoje em 5,5 milhões de km2. Seria um engano achar que 13 pontos de medida seriam capazes de representar uma área continental do tamanho da Amazônia", diz Artaxo.

"O país precisa ampliar esse sistema para monitorar não só a Amazônia, mas também outros biomas, como o cerrado e o Pantanal."

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1036501-amazonia-esta-emitindo-cada-vez-mais-gas-estufa.shtml

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

X Simpósio Brasileiro de Climatologia Geográfica - 2012

Esta PRIMEIRA CIRCULAR tem por objetivo principal informar a toda comunidade brasileira que trabalha ou estuda climatologia geográfica que o X SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA, conforme foi decidido em Fortaleza em setembro de 2010,no IX SBCG, será realizado em MANAUS – AMAZONAS no período de 17 a 22 de novembro deste ano, por iniciativa da Associação Brasileira de Climatologia - ABClima e da Universidade Federal do Amazonas – UFAM (Instituto de Ciências Humanas e Letras/ Departamento de Geografia/Programa de Pós-Graduação em Geografia – Mestrado).

De 01 de junho a 31 de agosto de 2012, estarão abertas as inscrições para participação no Simpósio e encaminhamento dos trabalhos que deverão ter um mínimo de 8, e um máximo de 12 páginas, de acordo com as recomendações que serão informadas a partir da 2ª. Circular. Igualmente, serão divulgados os eixos temáticos. Esses trabalhos deverão integrar uma publicação eletrônica (Anais) e serem disponibilizados na Internet.

Maiores informações poderão ser obtidas no e-mail abaixo:
xsbcg.manaus@gmail.com


sábado, 14 de janeiro de 2012

Previsão de chuva para o Brasil (15-1-2012)

Uma frente fria entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e áreas de instabilidade espalhadas pelas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte fazem com que a sexta-feira comece com tempo fechado e chuvoso em vários municípios, inclusive atingidos por intensa estiagem. É o caso do Rio Grande do Sul. A cidade de Caçapava do Sul, em emergência por conta da estiagem, recebeu o maior acumulado do Estado ontem, com quase 57mm ou quase metade da média do mês de janeiro. Foi a primeira chuva do ano e a mais intensa desde o início de outubro de 2011. Outro Estado que também passa por problemas associados com a estiagem e que recebeu bons acumulados de chuva é Mato Grosso do Sul. Em Juti, choveu pouco mais de 90mm, metade da média do mês de janeiro. Trata-se da maior precipitação observada desde o fim de setembro de 2010. Apesar do retorno da chuva ao Rio Grande do Sul, o estrago causado pela estiagem é grande e irreversível, especialmente para o milho. De acordo com a EMATER, estima-se perda de R$ 863 milhões até o momento em todo o Estado.



Fonte: http://www.ourofino.com/previsao-tempo/regiao/brasil.html

166 municípios de Mg em emergência

A Defesa Civil de Minas Gerais informou neste sábado (14) que 166 cidades já decretaram situação de emergência por causa da chuva no estado. Com os novos números, 19% dos municípios de Minas Gerais estão em emergência. O balanço considera municípios que enfrentam problemas decorrentes de temporais desde outubro, início do período chuvoso. Treze novas cidades entraram para a lista do órgão: Brás Pires e Simonésia, na Zona da Mata, Ferros, Itueta, Nova Lima, Prados, Rio Manso, São João Del Rei, na Região Central, Coluna, Engenheiro Caldas e Iapu, no Rio Doce, Ibiaí, no Norte, e Pains, no Centro-Oeste.

No estado, 228 municípios foram afetados de alguma forma pela chuva, atingindo cerca de 3,1 milhões de pessoas. Destas, 52.723 ficaram desalojadas e 4.639 estão desabrigadas. Neste sábado (14), a Defesa Civil confirmou que três pessoas estão desaparecidas e 15 morreram. Desde outubro, 639 imóveis e 330 pontes ficaram destruídas. Quando a situação de emergência é decretada pelas prefeituras, o município passa a receber ajuda emergencial, como cesta básica e colchões. A liberação de recursos financeiros depende da homologação do decreto pelo governo estadual e do reconhecimento pela União.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou que o governo federal vai liberar R$ 75 milhões para os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro enfrentarem os problemas decorrentes das fortes chuvas que atingem os estados desde o início do mês. Minas Gerais será o estado mais beneficiado, com liberação de R$ 30 milhões. A verba será disponibilizada via cartão de pagamento da Defesa Civil aos municípios.

Fonte: http://eptv.globo.com/noticias/NOT,0,0,388622,MG+tem+166+cidades+em+situacao+de+emergencia+por+causa+da+chuva.aspx

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cento e trinta e sete cidades estão em emergência por causa da chuva em Minas Gerais, segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. O balanço divulgado nesta quinta-feira (12) inclui mais dez cidades que enfrentam danos causados por temporais, enchentes, enxurradas e deslizamentos.

Entraram para a lista os municípios Augusto de Lima e São Brás do Suaçuí, na Região Central; Ijaci, no Sul do estado; Antônio Prado de Minas, Pedra do Anta, São Miguel do Anta, Senhora de Oliveira e Simão Pereira, na Zona da Mata; Januária, no Norte, e Dom Cavati, no Vale do Rio Doce de Minas. Milhares de pessoas tiveram que abandonar suas casas temporariamente e outras não vão poder voltar aos imóveis danificados. Segundo a Defesa Civil, o número de desalojados chega a 46.970, enquanto o de desabrigados é de 3.145, totalizando 50.115 pessoas fora de casa no estado.

A Defesa Civil informou que 192 cidades no estado já foram afetadas pelas chuvas, atingindo mais de 2,9 milhões de pessoas. Nesta quinta-feira (12), o órgão confirmou 15 mortes e três pessoas desaparecidas em decorrência das chuvas. Desde outubro, 425 casas e 204 pontes ficaram destruídas. Quando a situação de emergência é decretada pelas prefeituras, o município passa a receber ajuda emergencial, como cesta básica e colchões. A liberação de recursos financeiros depende da homologação do decreto pelo governo estadual e do reconhecimento pela União.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou nesta quarta-feira (11) que o governo federal vai liberar R$ 75 milhões para os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro enfrentarem os problemas decorrentes das fortes chuvas que atingem os estados desde o início do mês. Minas Gerais será o estado mais beneficiado, com liberação de R$ 30 milhões. A verba será disponibilizada via cartão de pagamento da Defesa Civil aos municípios.

A seguir veja a distribuição das chuvas no estado de minas gerais, entre os dia 1 e 8 de janeiro de 2012.







ES receberá R$ 60 milhões para ajudar municípios afetados por enchentes

A chuva intensa ainda causa estragos em todo o país. No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande pediu R$ 60 milhões ao governo federal para ajudar os 34 municípios que mais sofrem as consequências dos alagamentos, enchentes e deslizamentos de terra. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, informou em nota que “em breve o Estado receberá o repasse dos recursos” para recuperação das áreas afetadas. Desse total, R$ 20 milhões serão destinados a regiões que decretaram situação de emergência. O governador capixaba disse, porém, que para resolver todos os transtornos causado pela chuva serão necessários R$ 477 milhões, destinados a obras de desassoreamento, macrodrenagem, limpeza de rios, reconstrução de pontes, proteção de morros e reforço de encostas.

Casagrande pediu aos ministros apoio para um pacote de medidas que visam a dar suporte assistencial às famílias desalojadas e desabrigadas. A Defesa Civil do Espírito Santo informou à Agência Brasil que mantém o estado de alerta elevado e que o o Plano Estadual de Contingência para Desastres está ativo. Pelo último balanço, são 8.777 pessoas desalojadas, 836 desabrigadas e 124 feridas. O número de edifícios danificados chega a 8.666. Os números se referem a todo o período de chuva no Espírito Santo, segundo a Defesa Civil. De acordo com o órgão, vários municípios estão sendo vistoriados e monitorados na busca por possíveis áreas de riscos. Ontem (12), 12 integrantes do Serviço Geológico do Brasil, quatro hidrólogos da Agência Nacional de Águas, um meteorologista, três técnicos da Secretaria Nacional da Defesa Civil e dois oficiais do Exército Brasileiro desembarcaram no Espírito Santo para integrar a Força Nacional de Apoio Técnico. A equipe vai auxiliar os trabalhos de vistoria emergencial da Defesa Civil do Estado até março. A Secretaria de Ação Social do Espírito Santo organiza a distribuição de cestas básicas, cobertores e kits de limpeza. O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) oferecem linhas de crédito emergencial para os clientes que tiverem prejuízos por causa das enchentes.

Fonte - http://www.climatempo.com.br/noticias/73986/es-recebera-r-60-milhoes-para-ajudar-municipios-afetados-por-enchentes/

Volume de chuvas em Minas Gerais entre 1 e 11 de janeiro de 2012

As chuvas têm sido bastante volumosas nestes 10 dias de janeiro no Estado de Minas Gerais, e em quase todas as áreas deste Estado já superaram a média climatológica. Os maiores acumulados de chuva foram observados nas regiões da Zona da Mata, Campo das Vertentes, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e oeste. Na Zona da Mata a precipitação acumulada ficou entre 60 a 70% acima do valor esperado para o mês. Na RMBH a precipitação ficou 18% acima da média, o acumulado em 10 dias foi de 350 mm, sendo a média climatológica em torno de 296 mm. Vale ressaltar que o mês de dezembro de 2011 foi bastante chuvoso na capital mineira com acumulada de 720 mm, representando mais que o dobro da média climatológica. Esta situação de dezembro já havia deixado o solo bastante encharcado, e as chuvas de janeiro acentuaram a ocorrência de inundações, enchentes e deslizamentos de encostas. As chuvas volumosas ocorridas não apenas no Estado de MG, mas também em áreas dos Estados do RJ e ES foram provocadas pela atuação e persistência da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), sistema meteorológico típico deste período do ano e que se trata de uma extensa banda de nebulosidade, com orientação noroeste/sudeste e que exerce um papel preponderante no regime de chuva nas regiões onde atua, resultando em elevados índices pluviométricos.

O campo abaixo é relativo a precipitação acumulada em 11 dias de janeiro com destaque para a área citada acima.

Fonte - http://www.cptec.inpe.br/noticias/noticia/20496

Levantamento das áreas de risco elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil é elogiado pelo Governo Federal

O Governo Federal divulgou no dia 15-12-2011 informações sobre os municípios que estão em situação de elevado risco para o período de fortes chuvas. O mapeamento, produzido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), detalha as áreas mais propensas a sofrer algum tipo de desastre natural, a quantidade de casas em área de risco e o número de pessoas que vivem nesses locais. O diretor da CPRM, Thales Sampaio participou da divulgação, deu entrevistas para a imprensa e destacou a importância dos dados. “Com o mapeamento poderemos salvar vidas, conscientizar a população e governos estaduais e municipais”, afirmou. “Durante o trabalho as equipes avaliaram as áreas e explicaram para a população o risco de viver nesses locais.” O levantamento foi passado para as defesas civis e os órgãos envolvidos do Governo Federal.

De um total de 251 municípios com possível risco de desastres naturais (inundações e deslizamentos), a CPRM selecionou 56 e posteriormente 28 cidades que estão em situação de “alto risco e muito alto risco”, e que tinham poucas informações. A maioria das cidades fica no Sul e Sudeste. A iniciativa do Governo faz parte de uma ação emergencial. O objetivo é finalizar até o começo de 2012 o mapeamento de 56 cidades. O mapeamento das 251 cidades, dividido com outros órgãos do governo, está sendo finalizado e será divulgado nos próximos meses.

De acordo com o trabalho da CPRM, há 47.500 mil pessoas morando em áreas risco em seis municípios do Espírito Santo; 45.986 mil nove cidades de Santa Catarina; 25.526 mil em seis cidades no Rio Grande do Sul; 1.736 em quatro cidades do Paraná, 2.650 em Outro Preto (MG) e 10.160 em Nova Friburgo (RJ). Além disso, 44.967 municípios estão em risco em Angra dos Reis (RJ), cidade com maior número de pessoas em situação de perigo. No total são 41.085 moradias e 168.365 de pessoas em áreas de alto risco e muito alto risco. Numa segunda fase o mapeamento será feito na região Nordeste e Norte.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra elogiou os engenheiros e os geólogos da CPRM. “Fizeram um trabalho com um imenso esforço”, disse. “Agora poderemos nos antecipar e afastar as populações que estão nessas áreas”. Bezerra adiantou ainda que nesta quinta a presidente Dilma Rousseff deve assinar uma Medida Provisória (MP) que libera R$ 48 milhões para aquisição de equipamentos para as Forças Armadas atuarem em desastres nessas regiões. “Não é um trabalho só nosso, é dos municípios e de articulação com o Congresso Nacional.”




Fonte - http://www.cprm.gov.br/

Cidades em emergência em Minas Gerais

Ainda há 215 municípios afetados. Ao todo, o Estado de MG tem 50.869 desalojados, 4.202 desabrigados, 142 feridos, 15 mortos e cerca 3,1 milhões de pessoas atingidas pelos temporais. Há três pessoas desaparecidas. Dos municípios afetados, a Secretaria de Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, reconheceu a situação de emergência de 15. As portarias foram publicadas na quarta-feira (11) no Diário Oficial da União. Entre as cidades estão Mariana, Ouro Preto e São João da Mata. Nesta sexta-feira, espera-se um dia típico de verão, com sol aparecendo entre nuvens, calor e pancadas de chuva de fim de tarde em boa parte das regiões do Estado. Desta vez, as chuvas mais intensas devem atingir apenas o sul e o Triângulo Mineiro.

O Corpo de Bombeiros confirmou a 15ª morte ocorrida em decorrência das chuvas em Minas Gerais na segunda-feira (9). A corporação encontrou o corpo de uma mulher afogada após ser arrastada pelas águas na cidade de Além Paraíba, na divisa de Minas com o Estado do Rio de Janeiro, na zona da mata mineira. Outras duas pessoas morreram na madrugada de segunda-feira (9) na cidade, em decorrência de deslizamentos e alagamentos. Um homem, vítima de soterramento, e uma criança de cinco anos, vítima de afogamento, foram encontrados mortos. A cidade de Ouro Preto, patrimônio cultural da humanidade, também afetada pelas fortes chuvas que atingem grande parte do Estado desde outubro de 2011, está em alerta para novos deslizamentos e tem previsão de chuva contínua nos próximos dias.


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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Foz do Rio Paraíba do Sul em 04.01.2012

O rio Paraíba do Sul é formado pela confluência dos rios Paraitinga (nascente em Areias-SP) e o Paraibuna (nascente em Cunha-SP) e percorre os Estados de São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro. A foz do rio encontra-se em Atafona, distrito da cidade de São João da Barra-RJ.

Nos últimos dias o estado de Minas Gerais passou por fortes temporais, que teve como consequência inundações e até mesmo deslizamentos de terras. Dos principais afluentes do rio Paraíba do Sul, podemos destacar dois que possuem suas nascentes no Estado de Minas Gerias, sendo eles, o rio Pomba que tem sua nascente em Barbacena-MG e o rio Muriaé em Miraí-MG, o primeiro afluente citado deságua no rio Paraíba do Sul nos limites das cidades de Cambuci-RJ e Itaocara-RJ, já o segundo afluente na cidade de Campos dos Goytacazes-RJ.

Segundo a Agência Nacional de Águas - ANA no boletim informativo sobre eventos críticos dos dias 02 à 6 de janeiro de 2012, "devido às fortes chuvas que caem desde o final de 2011, no baixo trecho da bacia do Paraíba do Sul os níveis dos rios apresentam valores elevados. Em Campos dos Goytacazes/ RJ, o rio Paraíba do Sul atingiu, em 05/01/2012, às 14 horas, cota de 10,85 m, superior à cota de alerta de 9,40 m. Na altura de Campos, o rio Muriaé provocou o rompimento de um dique na rodovia BR-356, inundando o bairro de Três Vendas, desabrigando cerca de quatro mil pessoas, retiradas do local com antecedência. O rio Muriaé também inunda as cidades de Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé e Cardoso Moreira, todas no estado do RJ. Em Cataguases/ MG, o no rio Pomba às 6 horas de ontem (05/01) foi registrada cota de 5,09 m. O rio alcançou seu valor máximo de 2012 no dia 03/01, 7,33 m, uma das cinco maiores do histórico."

As fotos abaixo foram tiradas no dia 04 de janeiro de 2012, que mostram o nível na qual chegou o rio Paraíba do Sul em sua foz, além do mais, a área é considerada um ponto de interesse geológico da região, o que atrai estudiosos e curiosos para visitar o lugar de "disputa entre o rio, o mar e o homem".


A correnteza mostrada do lado esquerdo da fotografia é a do Rio Paraíba do Sul, há presença de taboa na areia como em toda a orla das praias.
Vista para as duas margens do Rio Paraíba do Sul
Em tempos com pouca chuva, esse tronco fica na margem e não dentro do rio, nota-se também a força da correnteza



Uma das margens do Rio Paraíba do Sul, em Atafona, distrito de São João da Barra-RJ.


Fotos: Telma Velloso