terça-feira, 18 de dezembro de 2012

CONTAMINAÇÃO E CONSUMO DA ÁGUA NO MUNDO.


Muito se fala na questão de consumo da água no mundo. Onde a partir desse assunto, têm-se várias questões que são levantadas, tais como, a água do mundo está acabando? A água do mundo dura 50 anos?
            A partir desses questionamentos, vale ressaltar que hoje, a questão da água no mundo, é uma questão de pontos-de-vistas divergentes.
            Para começarmos a analisar o consumo de água no mundo, precisamos primeiramente levantar, qual é a distribuição de água no planeta. A partir disso, temos a água do mundo repartida da seguinte forma, segundo R.G. Wetzel, 1983:

Tabela 1: Distribuição da Água do Planeta:

ÁGUA SALGADA


LOCAL
%
VOLUME (KM³)
Mares e Oceanos
97,61
1.370.000



ÁGUA DOCE


LOCAL
%
VOLUME (KM³)
Calotas Polares e Geleiras
2,08
29.000
Água Subterrânea
0,29
4.000
Rios, Lagos e Atmosfera.
0,02
311,2
                                     Observação: 1 (um) KM³ = 1 trilhão de litros de água.

            A partir do exposto, nota-se que a maior parte da água no planeta Terra se encontra nos Mares e Oceanos. Notabilizando assim, que esta, é uma água que não pode ser consumida para fins e necessidades humanas.
            Retirando esses 97,61 %, da água salgada, resta para consumo humano cerca de aproximadamente 2,4 % de água doce, sendo que, somente 0,02 % dessa água estão prontas para consumo, pois estas estão localizadas em locais de fácil acesso e exploração. Logo, os 2,2 % restante desta água, estão localizado nas Calotas Polares, Geleiras e no Solo, sendo assim uma área de difícil acesso e exploração.
            Mesmo tendo um pequeno valor de água potável, ou seja, pronta para consumo no planeta, muito se acreditava que essa água limpa, era considerada um recurso infinito. Isso se dava pela excelência e grandiosidade que se tinha sobre a natureza, antigamente e que existe até os dias atuais, fazendo assim com que a população acredita-se em processos de “revitalização” das paisagens e dos ambientes naturais, como por exemplo, no inesgotamento dos mananciais, a reciclagem natural da água, o reflorestamento natural de áreas degradadas, dentre outros.
            Mais hoje, vemos que a natureza, não pode sozinha, ficar incumbida de concertar todos os problemas ambientais, provindos da crescente demanda de utilização dos recursos naturais, principalmente da água.
            Esses fatos podem ser comprovados, devido ao inchaço populacional que o planeta teve a partir da década de 50, do século passado, onde a população passou de 2.630 milhões, para 6.671 milhões de pessoas em 2008.
 Além disso, vale ressaltar que nesse período de 1950 a 2010 a população urbana passou de 733 milhões para 3.505 milhões de pessoas. Criando assim grandiosas cidades, em um curto espaço de tempo, o que consequentemente gerou enormes assentamentos humanos, muita das vezes desordenados, sem saneamento básico, como abastecimento de água potável, capitação de esgoto, de água pluvial, dentre outros.  
Esses assentamentos acima citados, devido ao seu grande número de pessoas, se exigia um maior consumo de água, água esta muita das vezes de má qualidade, pois estas eram provenientes de rios, lagos, etc., poluídos pela contaminação química da água, vinda de produtos de limpeza, de produtos industriais, esgotos, dentre outros.
Devido à demanda e a necessidade de consumo, na maior parte das vezes a população acaba ingerindo essas águas poluídas. Poluição esta de origem urbana, e não de origem agrícola, sendo essas pessoas contaminadas, contraindo organismos patogênicos como as bactérias, ocasionando infecções intestinais, cólera, leptospirose, dentre várias outras doenças provinda da contaminação da água, o que acarreta em um inchaço na rede de saúde.  
            Diante dessa utilização dos recursos, muita das vezes propostas pelo grande capital, e também para utilização da população como uma necessidade básica, trás consigo muitos problemas, alguns já destacados acima e outro que está relacionado a este trabalho, o consumo da água no planeta.
            O consumo de água doce no planeta pode ser dividido em 3 (três) grandes esferas, são elas: Agricultura (69%), Indústrias (23%) e Consumo Doméstico e Popular (8%).
            A partir do exposto, temos um maior consumo de água por parte dá agricultura. Mas segundo, alguns levantamentos e pesquisas notou-se que, esse consumo mesmo sendo elevado, não produz tanta poluição das águas e tantos malefícios à população, quanto o consumo doméstico e industrial. Afirmar isso parece surpreendente e até mesmo intrigante, mais na realidade é isso que acontece.
            No consumo agrícola, têm-se como principal utilização da água, a irrigação de determinadas culturas, onde nesta se utiliza alguns produtos químicos, como pesticidas, agrotóxicos, fertilizantes, etc., o que gera uma contaminação dessa água. Apesar de esses produtos serem, diluídos e/ou dissolvidos na água e consequentemente lançados sobre as plantações, somente uma pequena parcela dessa água contaminada será devolvida para o rio, e a priori será consumida pela população.
Isso se dá pelo fato da água ter vários outros caminhos até sua deposição nos rios, acarretando assim na perda da grande maioria dos produtos químicos nela dissolvidos.
A água na maioria das vezes quando esta é utilizada em sistemas de irrigação, estando à temperatura e pressão ambiente, parte dela evapora (aumentando a umidade na atmosfera – produzindo chuva), outra parcela infiltra e é absorvida pelo solo e outra parcela é absorvida pelas plantações, sobrando assim como destacado anteriormente, uma pequena fração desta “água contaminada”, que conseguirá chegar até os rios.
Com isso se comprova que mesmo o consumo doméstico e industrial somados apresentarem uma menor porcentagem do consumo de água, aproximadamente 31% (trinta e um por cento), estes se torna mais propício e logo mais prejudicial para a contaminação da pequena parcela de água doce acessível do mundo, água esta que será com pela população.
            Essa contaminação se dá pelo fato das indústrias muita das vezes lançarem seus dejetos químicos diretamente sobre os rios, juntamente com os esgotos provenientes das casas, que em sua maioria são despejados sobre os rios sem nenhum tratamento especifico.
Contaminando assim em uma parcela totalmente desproporcional se comparada ao consumo de água utilizado na agricultura.
A partir do exposto acima, vale destacar o grande desafio dos gestores brasileiros, que está ligado ao aumento e à garantia da oferta de água. Estes gestores, por sua vez, buscam uma melhor qualidade desse bem, o que se torna um transtorno, devido à poluição causada pelo setor industrial e pela utilização doméstica da mesma.
  Devido a esse fato alarmante, a poluição da água proveniente do setor industrial e do uso doméstico, alguns setores brasileiros vêm tentando solucionar esse problema, como por exemplo, o setor ambiental, que através de aplicação de multas e controle dos dejetos, tem mostrado alguns resultados satisfatórios, no controle da poluição da água, que diz respeito ao âmbito industrial. Já para a poluição doméstica, a situação esta muito longe de ser resolvida, uma vez que, somente 15% (quinze por cento) dos esgotos domésticos são tratados antes de serem despejados nos rios brasileiros.
Por fim, a partir dos dados apresentados, fica comprovado mais uma vez que, independentemente da utilização da água por parte das Esferas Industrial e Doméstica, apresentar uma porcentagem menor, cerca de 31% (trinta e um por cento), se comparada à utilização da água por parte da Agricultura, cerca de 69 % (sessenta e nove por cento), esta é muito mais prejudicial, tanto para a poluição da água, quanto para a contaminação da população. Uma vez que a água, utilizada pela Indústria e o Esgoto proveniente da utilização Doméstica, atinge diretamente os rios, lagos, etc., contaminando-os de maneira direta sem muito controle de seus dejetos.
Diferentemente da utilização Industrial e Doméstica da água, na Agricultura a água, também é poluída por produtos químicos. Só que esta, não é lançada diretamente nos cursos fluviais, perpassando assim por vários caminhos até está atingir um rio, um lago, etc., podemos citar como alguns caminhos da água, a evaporação, a infiltração e também a absorção por parte das plantas.
Diante do que foi levantado, um rio que perpassa por uma cidade, se torna muito mais poluído, se comparado a um rio que perpassa de origem agrária.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Imagens do segundo dia do II SEGEO

O segundo dia do SEGEO reservou além das mesas redondas, abordando a questão cartográfica e do ensino, ambos temas relacionadoa a paisagem, também teve a apresentação dos livros Geografia e natureza, organizado pelo Prof. Charlei Aparecido da Silva. foi um sucesso o evento. E o Bioclima aproveita esse momento para agradecer a organização pela dedicação e carinho na organização do evento.



Prof. Raul Sanchez - (Instituto de Geociências - Departamento de Geografia da UFF




Prof. Lincon (CAp-UERJ), Profa. Anice (UERJ-FFP) e Prof. Augusto (PUC-Rio).
Palestra do Prof. Augusto sobre Paisagem e Ensino.
Prof. Lincon abordando as representações sociais da paisagem


Acadêmicos da UFV no II SEGEO com a presená dos professores Eberval (UFES), ana Valéria (UERJ-FFP) e               Edson Fialho (UFV).










quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Imagens do II SEGEO-2012

Boa tarde, Galera.
Esta postagem irá mostrar as primeiras imagens do II SEGEO, realizado no dia 5 de dezembro, que segundo a programação apresentou a mesa redonda 1  com o tema de climatologia e análises ambientais, na parte da manhã. A tarde foi apresentado a temática da geomorfologia na dinâmica de evolução da paisagem.
Este seminário é uma atividade do grupo de pesquisa em dinâmica da paisagem.
Att. Bioclima

Prof. Charlei Aparecido - UFGD

Prof. Carlos Jardim - UFMG
Prof. Edson Fialho - UFV

Mesa redonda sobre a importância do clima nos estudos ambientais
Prof. Luis /bertolino (UERJ-FFP), Porf. Marcelo Motta (PUC-Rio) e Prof. Eberval Marchioro (UFES).
Mesa redonda - Ocupação e processos de encostar
Mesa Redonda - Ocupaçãoda mesa redonda sobre ocupação e processos de encostas. 

domingo, 2 de dezembro de 2012

II SEGEO - UERJ-FFP


O II Seminário de Geografia: Dinâmicas das Paisagens,  objetiva ser um espaço de diálogo voltado para o entendimento das transformações da paisagem, a fim de contribuir com o debate acerca do desenvolvimentos e  as soluções dos conflitos ambientais, bem como fomentar as discussões teóricas e metodológicas da Geografia frente as demandas sociais e ambientais.
Por conta disso, a galera do blog do bioclima, convida a todos a participar desse evento, que será realizado no campus da UERJ-São Gonçalo, entre os dias 5 e 6 de novembro de 2012.
No primeiro dia, o credenciamento ocorrerá das 8 às 9 horas da manhã. 
As 9 horas se iniciará a primeira mesa redonda intitulada: Climatologia e Dinâmicas ambientais, como o Prof. Otávio Miguez (UERJ-FFP) como coordenador da mesa, além dos professores Carlos Jardim (UFMG), Wellington  Lopes Assis (UFMG), Charlei Aparecido da Silva (UFGD) e Edson Soares Fialho (UFV).
A segunda mesa: Ocupação e Processos de Encostas ocorrerá das 14 às 16 horas, com a presença da Profa. Ana Valéria Bertolino (UERJ-FFP) coordenando a mesa, além dos professores Marcelo Motta (PUC-Rio), Eberval Marchioro (UFES) e Luiz Carlos Bertolino (UERJ-FFP).




domingo, 25 de novembro de 2012

Assembléia da ABCLIMA - Manaus-2012

Imagens da Assembléia da ABCLIMA, realizada em Manaus, onde foi apresentado o balancete da Gestão 2010-2012 e a eleição da nova Diretoria e da nova sede do XI SBCG.

Após a apresentação do balanço da Gestão 2010-2012 foi colocada a candidatura da nova sede, como proposta compartilhada da UEL e UFPR, que se candidataram para levar o evento para o Paraná. A cidade pode ser Curitiba ou Foz do Iguaçu, os fatores logísticos irão determinar a escolha do local do novo evento. Não havendo outra candidatura, o XI SBCG a se realizar em 2014 terá como Estado sede o Paraná e como instituições organizadoras a Universidade Estadual de Londrina e a Universidade Federal do Paraná. 
Em relação a nova Diretoria apenas uma candidatura foi apresentada e eleita com 49 votos de 55 possíveis dos sócios adimplentes.

A nova diretoria é composta pelo Diretor Presidente: Prof. Charlei Aparecido (UFGD). diretor Vice-Presidente: Prof. Edson Soares Fialho (UFV). Diretor Secretário Executivo Valdir Steinke (UNB). Diretor Tesoureiro: Prof. Wilson Flávio Roseghini (UFPR). 


Visão geral dos participantes da Assembléia da ABCLIMA.

Prof. Molion

Prof. Wellinghton (UFMG); Erika (UFPEL) e Cássia (UFJF).

Prof. Edson Fialho (UFV) e seus orientandos Guilher e e Inácio

Prf. Francisco Evandro - Organizador do X SBCG

Discentes da organização apresentados à Assembléia

Início dos Trabalhos da Assembléia com o Prof. Franciscom Ecando (UFAM)

Acadêmicos que auxiliaram na organização do X SBCG

Platéia na Assembléia da ABCLIMA em Manaus

Nova Diretoria da ABCLIMA - Gestão 2012-2014









quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Imagens do Terceiro dia do SBCG - 2012 - Manaus sessão dos painéis


Apresentação oral de trabalhos

Apresentação de Trabalhos em Painéis
Sessão de painéis
Professor Edson Cabral - PUC-SP
Mesa Redonda sobre Clima urbano - Profa. Maria Elisa (UFC)
Mesa Redonda sobre clima urbano - Prof. Wellinghton Lopes de Lopes de Assis (UFMG)
Prof. Wellinghton e seus discentes da UFMG.
Platéia assistindo a mesa de clima urbano
Visão geral da mesa de clima urbano
Prof. Edson Fialho ( UFV) e seus discentes.

O Boi no SBCG - 2012

Bom dia Galera. Ao final da manhã do segundo dia de atividades, no SBCG, onde foi abordado a temática de clima e ensino, a platéia se divertiu e muito sorriu com a apresentação do Boi Caprichoso. O som marcante da música propiciou um ambiente envolvente, onde os participantes tiveram a oportunidade de saborear e vivenciar momentos inesquecíveis.

Até o próximo post.
Bioclima.