sábado, 30 de abril de 2011

Inscrições

As inscrições para o "I Seminário de Geografia e Clima - A Gestão da Cidade", foram realizadas ao longo da última semana, nos intervalos de aula no PVB. Serão abertas novas inscrições, segunda-feira as 08-00 horas em frente ao auditório da BBT. Os valores são de R$15,oo - minicurso e R$10,00 - palestras. A programação segue na postagem abaixo.



Informações
bioclima@ufv.br


quarta-feira, 27 de abril de 2011

I Seminário de Geografia e Clima – A Gestão da Cidade.

I Seminário de Geografia e Clima

A Gestão da Cidade.


Programação


02/05 (Segunda-feira)
Manhã: 08:00 – 11:30

Minicurso – (auditório bbt)
Clima e Sítio - Compreendendo a relação entre fatores geográficos e elementos climáticos

Tarde: 14:00 – 17:30

Minicurso (Prática)

Clima e Sítio - Compreendendo a relação entre fatores geográficos e elementos climáticos


03/05 (Terça-feira)

Manhã: 08:00 – 11:30

Minicurso ( CEE – SALA 08)
Clima e Sítio - Compreendendo a relação entre fatores geográficos e elementos climáticos


Tarde: 15:00 – 17:30

Os riscos de deslizamentos e enchentes nas áreas urbanas

(auditório bbt)

Debatedores

Ana Valéria Bertolino – UERJ – FFP
Carla Salgado – UFF
Eberval Marchioro – UFES


Noite: 19:00 – 22:00

A dinâmica do clima da cidade

(auditório bbt)

Debatedores

Carlos Jardim – UFMG
Welligton Lopes de Assis – UFMG
Edson Soares Fialho - UFV


Coordenação – Prof. Dr. Edson Soares Fialho



Realização Bioclima - DGE

Informações - bioclima@ufv.br



Impactos pluviais e ações mitigadoras: O cenário de Visconde do Rio Branco-MG entre 2002 a 2010.

Resumo aceito no XIV Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada - Dourados (MS) -

Diego Ingran Lopes - Prof. Edson Soares Fialho

É notória a projeção que os eventos climatológicos ganham na mídia em geral. Aliás, esse destaque é diretamente proporcional à dimensão catastrófica, pois assim amplia-se a repercussão, porém, não a discussão de tais fenômenos. A climatologia geográfica é um dos segmentos da ciência do espaço que busca analisar os desdobramentos dos eventos de origem climática, na base física de sua atuação. A categoria de análise Território nos oferece um subsídio importante para nossa escala de apreensão. Pois, sendo por definição o conceito de espaço apropriado, nos possibilita entender como os agentes sociais se mobilizam para enfrentar as intempéries do clima, em específicos as enchentes no espaço urbano das cidades, sendo estes mediados por um gestor territorial, o Poder Público Local. Dessa maneira, a presente pesquisa busca compreender os impactos pluviais concentrados no sítio urbano do município de Visconde do Rio Branco, Zona da Mata Mineira. Assim, foi realizada pesquisa bibliográfica da literatura temática, consulta a decretos de situação de emergência, bem como obtenção dos relatórios pluviométricos da última década (2002-2010), junto à Central de Gerenciamento da Companhia de Saneamento Básico – COPASA. Foram realizadas pesquisas de campo com objetivo de verificar a percepção local dos moradores quanto às cheias do Rio Xopotó (drenagem principal do município) nos últimos oito anos. A atuação dos agentes públicos locais nas mitigações de tais eventos também são relacionadas e discriminadas. Dessa maneira, o intento almejado nesta análise é o de verificar a inter-relação entre os impactos pluviais concentrados no espaço urbano e a gestão de suas repercussões, tendo como agente principal das ações mitigatórias o Poder Público Local, no caso, a Prefeitura Municipal de Visconde do Rio Branco. Por conseguinte, busca se ressaltar da relação Sociedade e Natureza os intrínsecos aspectos entre o físico e o humano.

A percepção climática da população em relação às características climáticas locais no bairro de Copacabana - RJ

Resumo de um trabalho que será apresentado no XIV-Simpósio de Geografia Física e Aplicada e foi escrito por Victor Carneiro, Ana Carolina Santos e Silva e pelo Prof° Edson Soares Fialho.

Ao longo dos estudos em climatologia, nota-se grande participação das questões de percepção climática nas discussões. Neste trabalho realizou-se uma análise da percepção climática dos moradores do bairro de Copacabana, na Zona Sul do município do Rio de Janeiro entre os dias 12-11-2010 e 14-11-2010, com parte das atividades do trabalho de campo da disciplina Geografia e Clima Urbano, do curso de Geografia da Universidade Federal de Viçosa. O estudo foi dividido em três etapas: a) apresentação do bairro, b) coleta de dados climatológicos (temperatura do ar, umidade relativa e luminosidade) e c) realização de entrevistas sobre a percepção climática, junto aos moradores do bairro, acima de 30 anos de residência. Na primeira parte foi percorrido o roteiro de ruas do bairro, onde seriam mensurados os elementos do clima (temperatura do ar e umidade relativa), bem como pode se observar algumas características físicas. Na segunda parte, foram distribuídas duplas em alguns pontos, num total de sete, registrando os parâmetros em um intervalo de uma hora, entre 8:00 e 18:00 horas. A terceira etapa do trabalho foi conduzida concomitantemente as entrevistas com a população moradora. Utilizou-se o método qualitativo para questionar a população sobre as possíveis alterações climáticas no bairro. Outra questão levantada, diz respeito às modificações no cenário das edificações e se há alguma influencia nas modificações climáticas ocorridas e conseqüentemente na percepção climática dos moradores de Copacabana. Ao final de nosso trabalho procurou-se co-relacionar as entrevistas realizadas com os dados climáticos obtidos e entender melhor a dinâmica que vem ocorrendo no bairro e analisando as principais respostas da entrevista constatou-se que as pessoas identificam que o clima do bairro está mais quente, além de uma diferenciação entre a orla marítima e o interior do bairro, mesmo as pessoas considerando-o mais arborizado, a intensa urbanização tem influenciado no clima local.

Palavras-chave: Mudanças climáticas, Percepção climática, Urbanização

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Resumo aceito no XIV Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada - Dourados (MS)

A INFLUÊNCIA DO SÍTIO URBANO NO COMPORTAMENTO DOS ATRIBUTOS CLIMÁTICOS DE CINCO CIDADES DA ZONA DA MATA MINEIRA NORTE: UMA ANÁLISE COMPARATIVA.
Rafael de Souza Alves ; Patrick Oliveira de Souza ; Edson Soares Fialho


A maioria dos trabalhos de clima urbano encontrados na literatura disponível aborda cidades de grande porte, até mesmo pelo fato delas apresentarem problemas ambientais de grande magnitude. No entanto, é de suma necessidade que se amplie e diversifique estes estudos de modo a abranger cidades de pequeno e médio porte, uma vez que as mesmas já contam com problemas ambientais preocupantes, dentre eles o clima. O clima urbano resulta de inúmeros fatores que se associam levando a cidade a se diferenciar climaticamente de seu entorno. Dentre os quais podemos destacar a massa edificada, o fluxo de veículos e demais atributos urbanos que agem em consonância com o sítio urbano. Este por sua vez, é merecedor de ampla atenção nos estudos de clima em cidades médias e pequenas, pois, exerce grande influência na configuração climática de tais cidades. No presente trabalho as cidades em análise são: Ponte Nova; Teixeras; Viçosa; Visconde do Rio Branco e Ubá. Em cada uma delas foram escolhidos 3 pontos de medição com altitude diferente, sendo todos eles mais elevados do que o centro da cidade e afastados do mesmo, objetivando assim uma análise na escala sub-regional. A princípio, os elementos climáticos foram mensurados simultaneamente por 4 dias em todas as cidades, nos horários de 9h, 12h, 15h, 18h e 21h. A hipótese levantada é de que as cidades localizadas em vales estreitos ou em áreas de depressão, apresentam maiores médias diárias de temperatura do que aquelas cidades implantadas em locais elevados e em vales largos. Além da temperatura, estão sendo analisados: a umidade, a luminosidade, os ventos e a percepção térmica da população, com o propósito de melhor caracterizar o clima das cidades em análise e de correlacionar os dados mensurados em campo, com o conhecimento da população local e a hipótese levantada.
PALAVRAS CHAVE: Sítio Urbano; Clima Urbano; Zona da Mata Mineira Norte.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Resumos enviados ao XIV SBGFA

Olá
Em alguns dias estaremos postando os resumos enviados pelos integrantes do laboratório ao XIV Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, que será realizado entre os dias 11 e 16 de julho de 2011 na Universidade da Grande Dourados (UFGD), Mato Grosso do Sul.
Foram enviados resumos a fim de receber um aceite para participarmos do evento. Para nossa alegria todos foram aceitos e já estão em fase de conclusão na forma de trabalho completo.
Os dois resumos abaixo foram escritos por Carla de S. Rocha e o prof.Dr. Edson S. Fialho.

UMA ANÁLISE DAS REPERCUSSÕES SOCIOESPACIAIS DAS CHUVAS INTENSAS OCORRIDAS EM JANEIRO DE 1975, NO MUNICÍPIO DE TEIXEIRAS, NA ZONA DA MATA MINEIRA.

O município de Teixeiras-MG, localiza-se na Zona da Mata Mineira, registra uma população de 11.140 habitantes, de acordo com o último censo de 2000, sendo 65% urbana. No entanto, na década de 1970, quando a população residente na mancha urbana não alcançava a 3.000 habitantes, foi quando ocorreu a maior enchente do Ribeirão Teixeiras, que nasce na divisa com o município de Pedra do Anta, atravessa a mancha urbana de Teixeiras até desaguar no rio Piranga, divisa com Guaraciaba, nível de base regional do processo de dissecação do relevo. Os prejuízos foram muito grandes e a área central e nas proximidades do córrego do sapo foram os locais mais afetados. A partir da identificação do acontecido, por meio de entrevistas informais com a população, interessou-nos encontrar as razões para tal acontecido. Uma vez que novas questões surgiram, tais como: Como uma inundação pode ter ocorrido se o Ribeirão atualmente tem baixa vazão? Quais agentes estão envolvidos? Será que apenas o total de chuva diário era capaz de promover uma inundação de grandes proporções? Quais impactos foram gerados? Essas questões poderiam não ter sentido, uma vez que, uma área urbana com uma densidade demográfica não tem grandes chances de apresentar problemas dessa natureza. Mas, para efetivar nossa investigação, utilizaram-se os dados pluviais da Agência Nacional das Águas, bem como, o levantamento do perfil longitudinal do Ribeirão Teixeiras, com objetivo de traçar o mesmo antes e depois do boom da urbanização no final da década de 1980, associado à entrevista com moradores históricos e documentos obtidos dos moradores, que comprovam o estado de calamidade instalado naquele momento, mas que hoje não voltou a ocorrer.

PALAVRAS-CHAVE: TEIXEIRAS - MG, ENCHENTE, FATORES FÍSICO-CLIMÁTICOS, AÇÃO ANTRÓPICA.


DESVELANDO A PAISAGEM ATRAVÉS DA MEMÓRIA

As tentativas de reaproximação entre a Geografia Física e Humana, muitas vezes tem mostrado que juntas, há uma melhor compreensão do real. Tal esforço transparece com a revalorização do conceito de paisagem. Esse trabalho faz parte do projeto de extensão “Paisagem e Memória: Reconstruindo a Geohistória do município de Teixeiras-MG”, que vem sendo realizado desde 2010, na Escola Estadual Dr. Mariano da Rocha e, recentemente, estendido ao município de Viçosa. Através do trabalho de pesquisa e extensão, o projeto procura promover uma releitura do lugar e do processo geohistórico de formação da paisagem da Zona da Mata Mineira, tendo como área amostral os municípios citados. Ao utilizar a memória como um instrumento de reconstrução e informação, o intuito foi de reapresentar aos seus habitantes sua própria geohistória, a fim de que possa despertar uma revalorização e redescoberta das origens e das causas de problemas que vivenciam nos dias de hoje, bem como, auxiliar a melhor compreender o processo de formação da paisagem e os impactos das ações humanas no meio rural, que concentra a maior parte da atividade econômica. Para a realização do mesmo, primeiramente, foram feitas coletas de informações por meio de entrevistas semi-estruturadas, optando por direcionar o público alvo a população histórica (acima 40 anos de residência), seguidos de trabalhos de reconhecimento da área e um levantamento bibliográfico. Dentro dos resultados preliminares, constatou-se a falta de um acervo público dos documentos históricos, o que inviabiliza a busca de registros oficiais, o que nos obriga a recorrer a outros arquivos. Além da falta de interesse dos moradores em preservar a memória, uma vez, que o município tem uma dinâmica política de apagar ou desvalorizar as realizações do grupo político opositor, criando um esquecimento coletivo dos fatos e problemas que um dia ocorreram, mas sempre são vistos como novos.

PALAVRAS-CHAVE: PAISAGEM, MEMÓRIA, IDENTIDADE.