sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mudança de foco do secretário da ONU, quanto as mudanças climáticas

O secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, que fez do aquecimento global sua missão pessoal, está encerrando seu envolvimento nas negociações internacionais para as mudanças climáticas. Em uma transição estratégica, o secretário vai redirecionar seu discurso atual, focado na negociação de metas internacionais para o clima, para uma agenda mais abrangente, que promova energia limpa e desenvolvimento sustentável, segundo oficiais das Nações Unidas. A mudança se deve à percepção de que, após o intenso involvimento de Ban Ki-Moon na fracassada COP-15 do clima em Copenhague, em 2009, os líderes mundiais ainda não estão preparados para entrar em acordo sobre o aquecimento global. “É bem evidente que não haverá um grande acordo a curto prazo”, disse Robert Orr, secretário-assistente das Nações Unidas para o planejamento estratégico e um conselheiro chave de Ban Ki-Moon. Os oficiais da ONU afirmam também que ele não se envolverá a fundo nas negociações da próxima Convenção sobre Mudanças Climáticas da entidade, que acontece em dezembro de 2011, em Durban, na África do Sul. “Ele vai continuar a encorajar os líderes a focar em metas ambiciosas, mas não terá mais o compromisso com negociações do dia-a-dia”, afirmou outro funcionário da ONU. Ban vai focar em questões mais gerais acerca da sustentabilidade, que serão discutidas principalmente na Rio +20, conferência sobre ecodesenvolvimento que será sediada no Rio de Janeiro em 2012, 20 anos depois da Eco92, também no Rio. Os principais negociadores climáticos globais, que acompanham o andamento das discussões, insistem que Ban Ki-moon não está deixando o compromisso de encontrar uma solução para o efeito estufa de lado. A conclusão do secretário-geral da ONU parece influenciá-los também: o foco em tecnologias para a energia limpa e eficiência energética tem sido adotado entre os países, e acredita-se que ele pode fazer mais pela redução de emissões a curto prazo. “A ideia de que o mundo vai entrar em um acordo e determinar metas de emissão entre todos os países é provavelmente utópica nesse ponto”, disse Reid Detchon, vice presidente de clima e energia da United Nations Foundation, instituição de pesquisa de Washington. A equipe de Ban Ki-moon para o clima, que tinha doze pessoas, diminuiu para cinco. Já a equipe de assessores para o desenvolvimento sustentável vai passar a ter doze pessoas até a Rio +20.“O que se movimenta mais rápido são os investimentos em energias renováveis, que podem promover mudanças mais rapidamente”, disse Tariq Banuri, diretor da divisão de desenvolvimento sustentável do departamento da ONU de relações sócio-econômicas. A mudança de postura do secretário-geral também espelha o pensamento de Washington, onde os ambientalistas estão tentando conseguir progresso nas votações sobre mudanças climáticas no Congresso ou ajuda regulatória da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês).

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,secretario-geral-da-onu-muda-de-postura-climatica,671940,0.htm

Verão mais quente diminui velocidade de degelo

Uma pesquisa, que usou dados do mais antigo satélite ambiental da Agência Espacial Europeia (ESA), descobriu que verões mais quentes podem, paradoxalmente, diminuir a velocidade de degelo das geleiras na Groenlândia. O estudo foi publicado nesta semana na revista Nature.O aquecimento global e seus efeitos sobre o gelo que cobre a ilha dinamarquesa são bem compreendidos pelos cientistas. Como nas calotas polares, o degelo nessa região ocorre mais rapidamente a cada ano que passa, em parte devido às temperaturas cada vez mais altas que derretem o gelo. O que ocorre no processo de degelo é que, a água derretida da superfície se infiltra por rachaduras, com a ajuda do vento, até alcançar a rocha-base da geleira. Neste ponto, a água se torna uma espécie de lubrificante, fazendo com que a camada de gelo deslize mais rápido para o mar. No entanto, os pesquisadores têm dificuldades para construir um modelo matemático que faça uma previsão da vazão de água durante o verão, gerando incertezas sobre as projeções sobre o aumento do nível dos oceanos. As observações realizadas com o satélite ERS-1, que completará 20 anos em órbita em julho, sugerem que o sistema de drenagem interno das geleiras se adapta para acomodar uma maior quantidade de água, sem aumentar os deslizamentos da geleira. Dados do ERS-1 mostraram que embora o aumento no degelo fosse similar em todos os anos, a ilha apresentou uma diminuição dramática nos anos mais quentes, quando havia mais água de degelo. Os pesquisadores associaram essa observação a uma drenagem subglacial mais eficiente durante períodos quentes, processo que já é observado nos Alpes. A equipe utilizou medidas das geleiras da ilha de 1992 a 1998, o que inclui um dos verões mais quentes da história da Groenlândia, em 1998.

Prefeitura de Friburgo foge da responsabilidade.

A Procuradoria Geral de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, informou, na noite desta quinta-feira (27) por meio de nota, que as ações do Ministério Público (MP) do Rio sobre áreas em ocupação irregular no município "ainda não tem sentença proferida". O Ministério Público do Rio informou, nesta quinta-feira (27), que havia ajuizado 21 ações na Justiça, alertando a prefeitura sobre áreas de risco na cidade. Em toda Região Serrana, já são mais de 800 mortos e 518 desaparecidos. A Procuradoria Geral de Nova Friburgo informou que as ações propostas pelo MP referentes aos bairros de Jardim Califórnia, Village, Riograndina, Alto do Floresta, Alto do Olaria, Córrego Dantas, Cordoeira e ao loteamento Jardinlândia "aguardam desfecho da instrução dos processos respectivos e prolação de sentenças. Não há sentença proferida até o momento". Ainda de acordo com a Procuradoria, nessas ações foram proferidas decisões liminares determinando que o município fizesse um levantamento da situação urbana dos bairros e loteamentos a que elas se referem. A Procuradoria informa ainda que "esse levantamento já foi realizado e apresentado ao Poder Judiciário". De acordo com a Procuradoria, nessas ações, o MP "pretende que o município seja condenado a retirar todas as construções situadas em topos de morro existentes em Nova Friburgo, e também em margens hídricas". Em sua defesa, o município "destacou a impossibilidade material de atendimento da pretensão do MP, haja vista a existência de milhares e milhares de construções existentes em topos de morro e às margens de rios, com destaque à própria sede do Ministério Público". Ainda segundo a Procuradoria, " a pretensão do Ministério Público é, sem sombra de dúvida, louvável, porém surreal e impossível de ser cumprida". A Procuradoria disse ainda que "existem outras ações propostas pelo Ministério Público na qual se pretende a tomada de medidas específicas, voltadas à proteção de um local específico, especialmente voltadas à contenção de enconstas existentes em Nova Friburgo".

21 ações foram ajuizadas, diz MP

Segundo o Ministério Público, 19 das 21 ações ajuizadas resultaram em liminares que determinavam levantamentos, obras e remoções. A rua do teleférico da cidade deveria ter passado por obras de contenção, instalação de sistema de drenagem de água da chuva e extração de blocos rochosos com risco de desabamento. A região foi devastada por causa de deslizamentos. Locais como Floresta e Córrego Dantas também já eram fontes de preocupação.

Justiça determinou remoção de moradores em 2007
Ainda de acordo com o MP, na área de Vila Nova, foi determinado em janeiro de 2007 que o município mantivesse a interdição de imóveis em risco, removesse moradores, impedisse novas invasões e fizesse obras contra deslizamentos. A prefeitura foi intimada diversas vezes por não cumprir a decisão, informou o MP. Uma nova audiência está marcada para o dia 17 de fevereiro. No bairro de São Geraldo, a liminar determinava retirada de blocos de rocha com risco de deslizamento desde 2003. Em 2006, segundo o MP, a prefeitura teria sido condenada a cumprir a sentença e a decisão foi mantida em 2008, após recurso do município. Em Catarcione, o órgão afirma que a administração municipal recorreu em 2009 contra uma sentença que dava 60 dias para a pavimentação da Rua Manoel Alexandre de Moura, com a instalação de um sistema de escoamento de águas pluviais. A sentença foi reiterada em novembro do ano passado em segunda instância. Já o Ministério Público recorreu de uma sentença de agosto de 2010 referente a obras de contenção na Rua Anchieta, no Centro. No entanto, o TJ julgou improcendente o recurso do MP.

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/chuvas-no-rj/noticia/2011/01/friburgo-diz-que-acoes-do-mp-sobre-areas-de-risco-ainda-nao-tem-sentenca.html

Cidades afetadas pela chuva em Santa Catarina

Chega a 66 o número de municípios em situação de emergência devido à chuva que atinge grande parte de Santa Catarina. De acordo com a Defesa Civil Estadual, mais de 925 mil pessoas foram afetadas pelos temporais, nas 76 cidades que registraram prejuízos. Ainda de acordo com balanço da Defesa Civil, quase 26 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. Entre elas, 24.054 estão desalojadas e 1.926, desabrigadas. Cinco pessoas morreram no estado vítimas das chuvas e 162 ficaram feridas. As cidades em emergência são Antônio Carlos, Anitápolis, Alfredo Wagner, Águas Mornas, Anita Garibaldi, Armazém, Araquari, Balneário Arroio do Silva, Balneário Barra do Sul, Balneário Gaivota, Biguaçu, Barra Velha, Bom Jardim da Serra, Braço do Norte, Braço do Trombudo, Bombinhas, Camboriú, Cocal do Sul, Corupá, Criciúma, Forquilhinha, Gaspar, Grão Pará, Gravatal, Guaramirim, Governador Celso Ramos, Içara, Ilhota, Imaruí, Itapoá, Itaiópolis, Jaguaruna, Jaraguá do Sul, Joinville, Jacinto Machado, Laurentino, Lauro Muller, Maracajá, Massaranduba, Meleiro, Major Gercino, Morro da Fumaça, Morro Grande, Nova Veneza, Palhoça, Passo de Torres, Pedras Grandes, Porto Belo, Rio do Campo, São Pedro de Alcântara, Santa Rosa do Sul, Santo Amaro da Imperatriz, São Bento do Sul, São Francisco do Sul, São João do Sul, São Martinho, Siderópolis, Sombrio, São José, São José do Cerrito, Taio, Turvo, Timbé do Sul, Treviso, Tubarão e Urussanga.

Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/01/chega-66-o-numero-de-municipios-em-emergencia-por-chuva-em-sc.html

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Busca perto do Fim ? - Nova Friburgo

As buscas por corpos soterrados devido aos desabamentos causados pela chuva em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, deverão continuar pelo menos até ao final desta semana, disse uma fonte do Governo da cidade de Nova Friburgo. "Não suspendemos as buscas, até em respeito aos nossos mortos. Enquanto houver a possibilidade de encontrar o corpo e entregá-lo com dignidade às famílias, nós iremos até ao local", garantiu o secretário de Comunicação, David Macena.

Nova Friburgo é a cidade que mais sofreu com os desastres causados pelas chuvas no dia 11 Janeiro. A cidade conta até agora 399 mortos, enquanto 185 pessoas continuam desaparecidas. Os bombeiros só conseguiram ter acesso a algumas áreas mais afetadas na segunda-feira. Na região da prainha, em Campo do Coelho, as autoridades acreditam que ainda há a possibilidade de localizar corpos. O secretário admitiu, no entanto, que devido ao tempo que já se passou desde os desabamentos, o estado de decomposição dos corpos é bastante avançado, o que não permitirá que as buscas se prolonguem por muito mais tempo.

Nas regiões mais centrais, onde as operações de limpeza estão mais avançadas, o problema passou a ser a grande quantidade de pó, provocada pela lama que a água do rio deixara e que começou a secar. Muitas pessoas circulam pela idade usando máscara. A Secretaria de Saúde, no entanto, informou que não há risco de contaminação por doenças, uma vez que o esgoto da cidade é tratado. Os únicos incentivados a utilizar a máscara são aqueles que já têm problemas respiratórios como rinite ou asma, para se prevenirem da irritação que o pó pode provocar. Pelo centro da cidade notam-se diversas filas junto aos postos montados para ajudar os desalojados. Muitos tentam tirar a segunda via de documentos perdidos ou inutilizados pelas chuvas. A documentação é o primeiro passo para que os afectados possam receber os outros tipos de ajuda como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, que permite a atribuição em casos de calamidade e que foi disponibilizado a todos os moradores, ou realizar o pedido para o aluguer social. A secretaria municipal também já deu início ao registo dos desalojados que terão direito a receber o aluguer social, no valor de 500 reais (218 euros) durante um ano. Quanto ao regresso às aulas, que estava marcado para o dia 07 de Fevereiro, poderá haver atrasos. Oitenta escolas da rede pública foram afectadas pela tragédia. Entre as instituições de ensino que não sofreram danos, 14 delas funcionam neste momento como abrigo temporário para as pessoas que perderam as suas casas. O número de doações enviadas à cidade surpreendeu as autoridades de Nova Friburgo. A Defesa Civil chegou a publicar uma nota a agradecer e a informar que o número de roupas doadas "já atingiu um número satisfatório, não sendo necessário mais no momento".

Fonte: http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/internacional/2011/0/4/Buscas-Nova-Friburgo-continuam-pelo-menos-ate-fim-desta-semana,58bf8178-c48f-488c-912b-9581d3378a73.html

O número de mortes registradas na Região Serrana após as fortes chuvas já chega a 817. Segundo dados da Defesa Civil, foram registradas 395 mortes em Nova Friburgo; 329 em Teresópolis e 67 em Petrópolis. Já em Sumidouro, as equipes resgataram 21 corpos; quatro em São José do Vale do Rio Preto e um em Bom Jardim. O Ministério Público informou que 513 pessoas continuam desaparecidas, sendo 187 em Nova Friburgo e 234 em Teresópolis, cidades que encabeçam a lista. O número de desabrigados e desalojados ultrapassa os 20 mil em sete municípios da Região Serrana. Petrópolis contabiliza 3.600 desabrigados e 2.800 desalojados; em Teresópolis há 960 desalojados e 1.280 desabrigados; em Nova Friburgo 3.220 moradores estão desalojados e 1.970 desabrigados. No município de Bom Jardim 632 pessoas estão desalojadas e 142 desabrigadas. Já em São José do Vale do Rio Preto, há 3.020 desabrigados e desalojados. Em Sumidouro, há 200 desabrigados. Em Areal, cidade que não registrou mortes, 1.480 pessoas estão desabrigadas e 130 desalojadas.

Inflação e chuvas na Austrália

A enchente no Estado australiano de Queensland terá um impacto "muito significativo" sobre o orçamento desse país e pressionará a inflação, disse hoje o secretário do Tesouro da Austrália, Wayne Swan. As devastadoras cheias, iniciadas em dezembro, atrapalharam a agricultura e a exploração de minas no Estado do nordeste do país. As enchentes já mataram 25 pessoas e poderiam representar um corte de até 2% do crescimento econômico do país no período de um semestre que vai até 31 de março, segundo economistas. As enchentes foram um dos piores desastres naturais da Austrália, superando em seu custo econômico as perdas causadas pelos incêndios no Estado de Victoria e pelo ciclone Tracey, em 1974, disse Swan em comunicado. "O impacto exato desse desastre épico será contabilizado a seu tempo, mas não há dúvida de que o número final será bastante significativo", afirmou Swan. Carvão Um dos setores mais atingidos será o de extração de carvão de coque em Queensland, que representa 80% da produção australiana da commodity usada na fabricação de aço e cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) da Austrália, acrescentou o secretário. A recuperação, segundo Swan, trará vários desafios em termos de capacidade econômica. O impacto dependerá de quão rápida poderá ser feita a reconstrução, notou. Para os consumidores, ele alertou para um inevitável aumento nos preços de itens como frutas e vegetais. Estima-se que 29 mil casas tenham sido afetadas pelas chuvas em Brisbane e em Ipswich. Os pagamentos do governo para as vítimas do desastre já chegaram a US$ 227 milhões.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ibama concede licença para primeiros canteiros de Belo Monte

Clipping

Autorização vale para obras preparatórias para construção da usina em si.
Liberação das obras principais ainda está em análise, diz instituto.

O Ibama concedeu nesta quarta-feira (26) a licença de instalação que permite a construção dos primeiros canteiros e acampamentos para as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A autorização, informa o órgão ambiental federal, permite ainda que o consórcio Norte Energia realize outras atividades, como implantar estradas de acesso e áreas para estoque de solo e madeira, além de fazer terraplenagem. A licença vale para os sítios Belo Monte e Pimental.

Matéria na integra no sítio:http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/01/ibama-concede-licenca-para-primeiros-canteiros-de-belo-monte.html

Os números dos desastres no Brasil

Uma década de descaso por parte do governo, aliado a eventos climáticos cada vez mais intensos, deixou 7,5 milhões de brasileiros sem casas, com prejuízos econômicos, físicos ou psicológicos. A ideia de um Brasil abençoado por Deus e sem desastres naturais dificilmente resistiria às provas dos números apresentados ontem pela ONU, que apontam que entre 2000 e 2010 60 catástrofes naturais afetaram o País, com prejuízos bilionários. Para a ONU, tudo indica que os desastres meteorológicos vão aumentar com o aquecimento do planeta nos próximos anos. "A preparação para desastres não é optativa para os governos. É uma obrigação perante os cidadãos", diz Margareta Wahlstrom, representante da ONU para a Redução de Desastres. A entidade usa os números da década para apontar que o governo não poderia alegar que se "surpreendeu" com as chuvas na região serrana do Rio. "É surpreendente que o Brasil não esteja mais preparado para algo que ocorre com tanta frequência", afirmou Debarati Guha-Sapir, diretora do Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres, que trabalha com a ONU. Os dados não incluem as enchentes e os deslizamentos de terra deste ano. Mesmo assim, chamam a atenção dos especialistas. Foram em média seis desastres naturais que atingiram o Brasil por ano na década, número considerado alto. Seis secas atingiram 2 milhões de pessoas; 37 enchentes deixaram 4,5 milhões de vítimas, incluindo 1,2 mil mortos. Outros cinco deslizamentos de terra mataram 162 pessoas e afetaram 149. Cinco tempestades ainda atingiram 15,7 mil pessoas e deixaram 26 mortos. Epidemias afetaram 606 brasileiros e mataram 203 nos últimos dez anos. Houve ainda um terremoto que, apesar de não deixar mortos, afetou 286 pessoas. A ONU contabiliza até três incidentes de temperaturas extremas que mataram 39 pessoas. "Se um governo quer salvar vidas, precisa estar preparado para reagir", afirma Wahlstrom. "Um sistema de alerta precisa ser estabelecido." Ela ainda defende investimentos em infraestrutura e conscientização de que planejamento urbano será fundamental. "O que mata não é água. É o prédio que cai." O que mais preocupa a ONU é que os dados mostram que, se os desastres naturais causam proporcionalmente um número cada vez menor de mortos, o Brasil vai na direção oposta. Para os especialistas, a redução de mortos em algumas regiões ocorreu pela preparação dos governos, não da diminuição dos desastres. Prejuízos. Só no ano passado, desastres naturais causaram prejuízo de US$ 109 bilhões, valor três vezes maior que o de 2009. As chuvas e suas consequências foram os desastres mais comuns da década e do ano.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110125/not_imp670771,0.php

Poluição do ar

As metrópoles brasileiras emitem em torno de um décimo de gases de efeito estufa em comparação a grandes cidades americanas como Denver e Washington. Em relação às grandes cidades localizadas em países em desenvolvimento da África e da Ásia, como Cidade do Cabo e Bangcoc, as grandes cidades brasileiras também emitem menos poluentes que agravam o aquecimento global. É o que aponta um estudo realizado pelo Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Iied, na sigla em inglês), com recursos do Banco Mundial. Com base nas emissões per capita da população, o relatório analisou 100 cidades em 33 países. Do Brasil, foram incluídas no estudo São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Porto Alegre. Segundo o estudo, o Rio de Janeiro é a metrópole brasileira que mais emite gases-estufa (2,1 toneladas de poluentes por habitante/ano), seguida de Porto Alegre (1,48 t/habitante/ano) e São Paulo (1,40 t/habitante/ano). A cidade de Roterdã, na Holanda, é a que registra maior emissão per capita (29,8 t/habitante/ano), seguida de Denver (EUA) e Sidney. Entre os países em desenvolvimento, a Cidade do Cabo, na África do Sul, é a cidade com maior emissão de gases-estufa: 11,6 t/habitante/ano, o que supera metrópoles de países desenvolvidos como Londres (9,6 t/habitante/ano) e Nova York (10,5 t). "Muitas das grandes cidades têm sido responsabilizadas por contribuir com o aquecimento global. Mas muitas delas têm emissões per capita baixas, mesmo com elevado grau de urbanização e consumo de seus habitantes", afirma Daniel Hoornweg, autor do estudo e especialista em urbanismo do Banco Mundial. Um exemplo são cidades europeias como Paris (5,2 t/habitante/ano), que responde por menos da metade das emissões de um morador de Shangai, na China (11,7 t/habitante/ano). Segundo o estudo, as emissões urbanas per capita refletem a estrutura econômica das metrópoles. Uma cidade com indústrias pesadas, uso massivo do transporte individual e energia gerada por carvão produzirá mais emissões que uma cidade de economia baseada em serviços, com boa infraestrutura de transporte público e com energia produzida em hidrelétricas. Esses fatores explicam a baixa emissão das capitais brasileiras. Embora o uso do carro seja intenso em São Paulo e Porto Alegre, a matriz energética baseada em hidrelétricas minimiza o impacto sobre a atmosfera. "É compreensível que o Rio de Janeiro seja a metrópole com maior emissão de poluentes, pois abriga atividades como refinaria de petróleo, o que não ocorre em São Paulo", avalia Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ e um dos cientistas do painel do clima das Nações Unidas. Segundo ele, o estudo pode servir como um elemento de análise para políticas de combate às mudanças climáticas.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110126/not_imp671176,0.php

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Chuvas em Santa Catarina

As chuvas que atingem Santa Catarina desde o início da última semana já causaram prejuízos em 62 cidades no Estado. Até as 12h desta terça-feira havia 49 municípios em situação de emergência, segundo a Defesa Civil estadual. A cidade de Mirim Doce está em estado de calamidade pública. Os últimos municípios a decretar situação de emergência, na manhã desta terça, foram São Bento do Sul, Antônio Carlos, São José, Itaiópolis, Joinville e Anitápolis. A Defesa Civil diz que está prestando auxílio às vítimas das chuvas por meio do envio de água, alimentos e colchões. Mais de 876 mil pessoas foram afetadas. Destas, 21.563 tiveram que ir para a casa de parentes ou amigos. Outras 1.862 estão em abrigos públicos. Ontem, a chuva deu uma trégua no Estado. A previsão, no entanto, é de tempo instável e possibilidade de chuvas entre 20mm e 30mm em algumas regiões, segundo o centro de hidrometeorologia Epagri/Ciram. Há o alerta para a chegada de uma frente fria na quinta-feira, quando as chuvas podem atingir 50mm --Cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado. Os maiores volumes são esperados no litoral norte catarinense.

Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/cidade/ver_info_jornalfloripa.asp?NewsID=2273

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Extermínio de espécies exótica em Galápagos

Espécies invasoras podem exigir medidas extremas: em Galápagos, para acabar com os ratos que ameaçam a fauna nativa local, o jeito foi gastar mais de R$ 1 milhão para alugar um helicóptero e despejar veneno sobre uma ilha. Essa gigantesca desratização promovida pelos pesquisadores no arquipélago, que se localiza no oceano Pacífico, tem justificativa. A população de ratos está crescendo de forma descontrolada, e a mania dos bichos de comer ovos de tartarugas e aves nativas de região está levando espécies típicas de Galápagos ao colapso. Os pesquisadores vinculados à administração do Parque Nacional de Galápagos, situado a cerca de mil quilômetros da costa do Equador (o arquipélago é parte do país), garantem que a substância será terrível contra os ratos, só contra os ratos. Não se trata de um veneno líquido: utiliza-se uma isca envenenada, parecida com um pequeno biscoito cilíndrico, que os ratos confundem com comida. Apesar de atrativa para os ratos, o biscoitinho não desperta a atenção de outros animais, como leões-marinhos, vários tipos de aves e a famosa tartaruga de Galápagos. Por enquanto, a desratização só foi utilizada em uma ilha, chamada Rábida. Ela é uma das menores do arquipélago, com apenas 710 hectares --pouco mais de quatro parques como o Ibirapuera. Ela tem uma população imprecisa de ratos, mas que certamente pode ser contada aos milhares. Eles se escondem em tocas camufladas pelo solo rochoso da ilha vulcânica e dominaram todo o território da ilha. Os cientistas ainda estão acompanhando os resultados da desratização. Nas próximas semanas, o monitoramento da população de ratos deve indicar se a operação funcionou. Se ela tiver sido um sucesso, a ideia é que seja expandida para outras ilhas --não é só Rábida que está infestada de ratos. Vai ser bem mais complicado. Rábida pode até virar um bom modelo de desratização, mas ela é muito menor do que as outras ilhas. A maior delas, Isabela, tem 4.588 km2 --três vezes a cidade de São Paulo. Além disso, as ilhas maiores são habitadas. Isabela tem mais de 2.000 habitantes. O alto custo acaba sendo, então, uma das principais dificuldades do projeto. Idealmente, os cientistas acham que ele poderia ser concluído em um ano em todo o arquipélago. Na prática, por questões financeiras, ele pode levar até duas décadas. Não se sabe com grande precisão quando os ratos chegaram às ilhas. Eles foram levados pelos barcos que passaram a frequentar a região a partir do século 17, e provavelmente desembarcaram mais de uma vez. As principais espécies de roedores invasores são o Rattus norvegicus e o Mus musculus domesticus --conhecidos localmente como "rato holandês" e "rato caseiro". Galápagos tem um problema imenso com espécies invasoras. Apesar desse esforço todo para se livrar dos ratos, acredite, eles são apenas mais uma das espécies invasoras nocivas para o frágil ecossistema do arquipélago, junto com cabras, porcos e gatos selvagens.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os sítios urbanos e suas influências térmicas

Ontem, sob a orientação do Professor Edson Soares Fialho, realizamos trabalho de campo em quatro municípios da Zona da Mata mineira. Foram constatadas altitudes (GPS) e conformações do sítio urbano nas cidades de Visconde do Rio Branco, Ubá , Teixeiras e Ponte Nova. Tais dados servem, preliminarmente, de referência para posterior levantamento de parâmetros da pesquisa (temperatura, umidade, luminosidade, entre outros). Com isso, buscaremos entender a influência do sítio no campo térmico das cidades citadas e demais influências antrópicas e naturais. Faremos medições simultâneas nessas cidades, em cinco horários diferentes do dia. A equipe que realizará essa tarefa é composta por integrantes do bioclima, estudantes de Geografia da Universidade Federal de Viçosa. Em seguida, será realizada a compilação dos dados, instrução metodológica e literária do tema, finalizando, desse modo, o trabalho realizado.
A princípio, na atividade realizada, observamos a modificação natural dos sítios urbanos, sobretudo observando o processo histórico de apropriação da natureza pelo homem. Além disso, podemos inferir que tais modificações no clima das cidades ocorrem ao longo do tempo pelos processos de urbanização. Segundo a ONU, o Brasil, possui uma taxa de de 84,2% de urbanização (2005), com projeções de 93,6% para 2050, sendo estimado uma população de 237.751 milhões de habitantes. E esse contexto implica em gerar infra-estrutura, sendo necessário pensar em habitação, circulação, empregos, qualidade de vida, entre outros. Mas quase sempre não se reportam aos impactos gerados pelos conglomerados de prédios, industrias, concretos, asfalto...Bem, é aí que entra nossa percepção e estudo das influências antrópicas e naturais no campo térmico das cidades.
Concluída a pesquisa supra-citada, postaremos as considerações no blog para apreciação dos interessados na temática e leitores.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Calamidade até na hora de ajudar!!!!

Para piorar a situação dos atingidos pelas chuvas de 12/1/2011, no dia 17/1, ocorreu um forte desentendimento entre a Cruz Vermelha Brasileira e a prefeitura de Teresópolis. A prefeitura trabalha no auxílio das vítimas que tenham identificação. Mas e aquele s que perderam seus documentos como ficam? E outra. A prefeitura apeasn deixa sair mantimantos do galpão com a assinatura de uma única servidora pública, a secretária de educação. Não devria ser de obras ou um membro da defesa civil estadual? Nõ para que facilitar. As manobras políticas agora surgem para dificultar e criar visibilidade a pessoas que perderam o juízo, como o preffeito de Teresópolis e o governador do estado do rio de janeiro, que ficam pedindo 598 milhões e 2 bilhões de reais sem uma fundamentação. É puro achismo. Não existe nenhum levantamento ou estudo prévio, que delimite o teto orçamentário. Logo agora que a PResidenta Dilma, fala em conter gastos aos seus ministros, fazer mais com menos, alguns aproveitam para furar o olho ou melhor o bolso do contribuinte. Esses mesmo, que pedem, apenas não dizem, que para sair o dinheiro é necessário desenvolver projetos de engenharia, com custos orçados até o final de fevereiro.
Por outro lado, os abnegados da Cruz Vermelha, que concordam, com os desmandos da Prefeitura de Teresópolis continua atuando, agora separadamente esta terça (18) no centro de Teresópolis.

Criação de um Sistema Nacional de Prevenção de catástrofe

O governo anunciou nesta segunda-feira (17) a criação do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais. A decisão foi informada após reunião da presidenta Dilma Rousseff com os ministros da Justiça, Defesa, Ciência e Tecnologia, Integração Nacional e Saúde. A montagem do sistema ocorrerá com a modernização dos equipamentos metereológicos, como radares e pluviômetros, para tornar mais eficiente a capacidade de prevenção de fenômenos climáticos, como chuvas fortes, e com mecanismos de alerta para a população de áreas de risco. “Temos que criar um sistema de alarme, dar conhecimento à população e informar os procedimentos que ela tem que tomar em casos de risco”, explicou o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. O climatologista Carlos Nobre, chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, afirmou, em entrevista a ÉPOCA na semana passada, que seriam necessários cerca de R$ 200 milhões para a implantação de um sistema de alerta eficaz, como os existentes em países desenvolvidos. Também será feito um levantamento geofísico para identificar as áreas de risco. "Estimamos em aproximadamente 500 as áreas de risco no país, com cerca de 5 milhões de pessoas morando, e temos outras 300 regiões sujeitas a inundações". As ações serão implantadas de forma gradual e a expectativa é que, em quatro anos, o sistema de defesa e alerta esteja concluído. Mercadante afirma, no entanto, que até o próximo verão já devem estar identificadas as áreas mais críticas. O ministro da Integração Nacional, Fernado Bezerra Coelho, afirmou que a presidenta Dilma Rousseff autorizou o reforço de pessoal para a reestruturação da Defesa Civil. Em princípio, o reforço se dará por meio da realocação de servidores de outros órgãos. “Estamos fazendo uma ampla reflexão e é evidente que precisamos fazer mais investimentos, estruturar e ter uma política voltada mais para a área de prevenção, do mapeamento das áreas de risco”, disse Bezerra Coelho.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI203064-15228,00-GOVERNO+ANUNCIA+CRIACAO+DE+SISTEMA+NACIONAL+DE+PREVENCAO+DE+CATASTROFES.html

Doenças preocupam moradores de Teresópolis

Uma semana depois que as fortes chuvas deixaram um rastro de destruição e morte na serra fluminense, os moradores de Teresópolis se mostram preocupados com o risco de epidemias e doenças contagiosas no local. No entanto, enquanto algumas pessoas já adotam medidas em relação ao problema, outras tomam menos precauções contra a situação. O casal de comerciantes Magali Alves, 42, e João Carlos Siqueira, 44, são moradores do bairro do Caleme, um dos mais atingidos pelos deslizamentos e enxurradas do último dia 12. Ambos já foram vacinados contra o tétano em um centro de saúde instalado no local, e estão adotando outras prevenções contra doenças. Magali mostra as galochas de borracha que ela usa para andar sobre a lama do bairro. Além disto, depois de calçar as botas de borracha, ela enrola sacos plásticos em seus pés, para evitar contato com a sujeira. "Ainda assim, a gente não sabe se está fazendo tudo (para evitar a contaminação)", diz a comerciante à BBC Brasil. João Carlos e Magali ficam preocupados com os efeitos do mau cheiro que domina determinadas áreas do Caleme. "A gente bota a camisa por cima do nariz, mas mesmo assim não adianta", diz ele. Segundo Magali, fica difícil até de comer com o odor de decomposição. As doenças que mais preocupam o casal são aquelas decorrentes do consumo da água e do contato com a lama, que encobre diversas áreas da cidade. "Quando a lama secar, vai levantar poeira. Daí acho que o risco de pegar doenças vai ser maior", diz Magali.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,doencas-preocupam-moradores-de-teresopolis-mas-nem-todos-se-previnem,668198,0.htm

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Chuvas reabrem a discussão sobre o novo Código Florestal

Brasília - Assim que a Câmara dos Deputados retomar os trabalhos legislativos a partir do início de fevereiro, ruralistas e ambientalistas terão que encontrar um ponto comum que viabilize a aprovação do novo Código Florestal Brasileiro. A matéria está pronta para ir à votação em plenário. Essa é a opinião do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) que praticamente resume a situação de um dos assuntos mais polêmicos hoje na pauta do Congresso Nacional. “O código terá que ser discutido com muito cuidado. Quem defende radicalizar a proteção ambiental e quem defende a produção rural terão que encontrar um meio termo. Caso contrário, não terá qualquer condição de se votar a matéria”, disse o petista à Agência Brasil. Nesse contexto, acrescentou ele, não se pode tratar o assunto de maneira emocional associando a discussão do código aos incidentes climáticos como o das cidades das regiões serranas do Rio de Janeiro, parcialmente destruídas por deslizamentos de terra nas encostas das montanhas da Serra do Mar. Há quem considera, porém, impossível dissociar os assuntos. O parecer do deputado Aldo Rebelo (PcdoB-SP) possibilita a exploração econômica nessas áreas. Pela proposta, isso se dará a partir de uma decisão do Programa de Regularização Ambiental (PRA), de emitir licenças com base em critérios técnicos e autorizadas pelo órgão ambiental estadual integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Para Berzoini, a análise tem que partir de critérios técnicos e “menos por conta do incidente na região serrana do Rio”. Ele destacou que não só pessoas que moravam em áreas de encostas foram afetadas pelas chuvas mas, também, quem residia em áreas urbanas, longe das encostas. “O texto aprovado na comissão já é polêmico e foi uma votação tensa. Agora, tem que se ressaltar que a Câmara dessa nova legislatura foi renovada em 40%, ou seja, são novos deputados federais que teremos de fazer um trabalho de esclarecimento para chegar a um ponto comum. Caso contrário, não se vota o código”, avaliou o deputado. O líder do Democratas na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), considerou “terrível as generalizações” no debate, ao ser perguntado sobre uma possível influência da tragédia em Petrópolis, Teresópolis e Friburgo. O parlamentar afirmou que Aldo Rebelo foi assessorado por “cientistas e pesquisadores renomados da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”, durante o trabalho de mudanças no atual código florestal que data da década de 60. “Nesse caso, não se pode fazer uma ligação simplista. Isso não é bom para o Brasil nem para a sociedade. O código florestal precisa ser mais bem discutido e avaliado [quando a Câmara retomar seus trabalhos]”, acrescentou o democrata. Bornhausen afirmou que os partidos tomarão todas as medidas que tenham como objetivo proteger o solo, mas refutou qualquer tentativa “de se tentar criar verdades absolutas” no processo de debate.O deputado Sarney Filho (PV-MA), por sua vez, tem uma posição totalmente contrária a de seus colegas do PT e do DEM. Segundo ele, as quedas das encostas na região serrana do Rio tem total vinculação com o que está em análise na Câmara.
Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/chuvas-no-rio-acirram-discussoes-sobre-o-codigo-florestal

Prejuízos estimados em 153 milhoes de reais na região serrana do Rio de Janeiro

As chuvas que caem na Região Serrana do Rio de Janeiro desde semana passada e que já deixaram mais de 650 mortos causou um prejuízo de R$ 153,4 milhões às empresas da área afetada, informa nesta terça-feira um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A pesquisa aponta que 62% das 278 empresas nas cidades afetadas pelas chuvas tiveram perdas milionárias pela queda na produção, falta de matéria-prima e deterioração de mercadorias.Segundo o relatório, o reatamento normal das atividades será de pelo menos 27 dias nas seis cidades atingidas - Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, Areal e São José do Vale.A cidade mais afetada foi Nova Friburgo, onde 79,8% das empresas sofreram o impacto das chuvas, enquanto 68,8% das companhias de Teresópolis tiveram prejuízos.Em Petrópolis, outra das cidades da Região Serrana do Rio, 30,7% das empresas foram afetadas pelas águas.Além disso, 83,2% das empresas da região foram afetadas, sendo que 73,4% relataram um blecaute total do serviço telefônico.Em 67,6% das companhias registraram queda de produção, enquanto 38,2% enfrentaram enchentes em suas instalações.Do total das firmas, 70,3% apontou problemas nas reservas de matéria-prima e 62,2% em seus produtos acabados.Entre as 117 empresas que reportaram incidentes, 92,3% registraram falta de pessoal no setor de produção e 41,9% de funcionários da área administrativa.O estudo constata que 62,4% das indústrias na região do Rio de Janeiro têm problemas para escoar a água dentro de suas instalações e 59,5% não conseguem receber adequadamente a matéria-prima.As companhias locais estão distribuídas da seguinte maneira: 129 em Nova Friburgo, 88 em Petrópolis, 48 em Teresópolis, 7 em Areal, 5 em Sumidouro e 1 em São José do Vale do Rio Preto.Por setores, são 272 indústrias manufatureiras e 6 de construção civil.A Firjan indicou que a margem de erro das porcentagens do relato é de 5,3%.A Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro, por sua vez, tinha estimado em US$ 18 milhões o impacto econômico para o setor durante os próximos 30 dias em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. O cálculo partiu da previsão de ocupação hoteleira de 85% que se tinha para a segunda quinzena de janeiro e primeira de fevereiro na Região Serrana do estado, alternativa turística às praias do litoral fluminense.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI4897187-EI188,00-Chuvas+causam+prejuizo+de+R+milhoes+a+empresas+da+Regiao+Serrana+do+RJ.html

ZCOU volta atuar no Sudeste (18/1/2011)

Depois de um calorão de 36,0°C nuvens carregadas se formaram sobre o Rio de Janeiro, provocando chuva forte, com muitos raios e rajadas de vento na capital nesta terça-feira., conforme pode ser visto na figura ao lado que mostra o morro dois irmãos, no Leblon, coberto de nuvens carregadas e um belíssimo raio, uma foto de rara beleza. A foto foi obtida no sítio do G1. Segundo a Geo-Rio o acumulado de chuva chegou a 54 mm no Grajaú, 52 mm em Bangu, 42 mm no Mendanha, 27 mm em Irajá e em Anchieta, 23 mm no Vidigal, 21 mm na Rocinha, 20 mm na Tijuca, em Jacarepaguá, na Barra e no Méier. As pancadas de chuva começaram por volta de 16h30 e duraram até 18h30. No momento chove fraco na cidade e a temperatura é de 25 graus no aeroporto do Galeão, na zona norte carioca.

Ainda no dia de hoje(18/11/2011), áreas de instabilidade associadas ao forte calor e à presença de um canal de umidade (ZCOU) - conforme pode ser visto na figura a baixo. provocou temporais sobre a capital do estado de SP e em grande parte da Região Metropolitana condição meteorológica prevista com, pelo menos, 48h de antecedência pelo GPT/CPTEC que, mais uma vez, enviou avisos à Defesa Civil. As fortes chuvas vieram acompanhada de muitos raios e rajadas de vento e resultaram em alagamentos, transbordamentos de diversos córregos e rios que cruzam a capital do Estado causando muitos prejuízos à população. O grupo de Gerenciamento de Emergência (CGE) colocou toda a capital em Estado de Atenção até o início da noite. As fortes chuvas atingiram também cidades do ABC paulista, região de Mogi das Cruzes, Baixada Santista, Paraibuna.

Em Minas Gerais, a quarta-feira o sol predomina em todo o Estado, na parte da manhã e ao entardecer, o aquecimento diurno pode provocar o aumento da nebulosidade e a formação de chuvas localizadas, nas região do Triângulo Mineiro, Sul de Minas e a Zona da Mata.


Número de vítimas fatais supera 700

O número de vítimas na Região Serrana do Rio já chega a 704 em seis cidades. Ainda há pelo menos 17 localidades em que só é possível chegar de helicóptero ou carro 4x4. Pelos últimos levantamentos dos municípios, são 335 mortos em Nova Friburgo, 278 em Teresópolis, 62 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, 6 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim.A prefeitura de São José do Vale do Rio Preto explica que 6 corpos foram encontrados na cidade, mas não há confirmação que eles sejam moradores do município. Segundo a prefeitura, eles podem ser de moradores de outras cidades e chegaram até lá pela correnteza do Rio Preto.O número de desaparecidos segue incerto. Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro já contam com 182 com paradeiro desconhecido. Mas há cidades em que não há lista de desaparecidos. A Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil tem feito um levantamento próprio e informou às 18h que são 701 mortos no estado, sendo 334 em Nova Friburgo, 285 em Teresópolis, 62 em Petrópolis e 20 em Sumidouro.Segundo a Polícia Civil, até as 11h45 desta terça-feira (18), 678 corpos já foram resgatados e identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal), sendo 277 em Teresópolis, 319 em Nova Friburgo, 58 em Petrópolis, 19 em Sumidouro, 4 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim.

INMET divulga que no dia 12/1/2011 foi maior total diário registrado em Nova Friburgo

Chuva do dia 12 de janeiro em Nova Friburgo (RJ) foi a maior registrada na cidade em um mês de janeiro pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), segundo informou o órgão nesta terça-feira (18) ao G1. O recorde anterior era de 1964. Segundo a meteorologista Marlene Leal, do Inmet, no dia 12 de janeiro deste ano choveu 182,8 milímetros em 24 horas. Antes, o volume máximo registrado havia sido de 113 milímetros em 24 de janeiro de 1964. O Inmet não informou dados relativos a outros meses. De acordo com o Inmet, a média para o mês de janeiro em Nova Friburgo é de 227,2 milímetros. Nos 18 primeiros dias deste ano, já choveu mais do que o esperado para o mês, 447,6 milímetros. O mês de janeiro mais chuvoso registrado pelo Inmet foi em 1992, com 578,2 milímetros.

Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/01/chuva-do-dia-12-em-nova-friburgo-e-maior-de-janeiro-desde-1964.html

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

New York Times compara as tragédias do Brasil e da Austrália

A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro está provocando um debate entre os especialistas sobre a falta de preparo do país para lidar com desastres como esse, segundo afirma reportagem publicada nesta segunda-feira pelo diário americano The New York Times." Comunicações, eletricidade e água potável ainda faltam em várias áreas, levando os especialistas em desastres a lamentar a falta de preparo do Brasil para chuvas fatais, que eles dizem estarem se tornando mais comuns", afirma o texto.

O jornal observa que as enchentes e deslizamentos de terra que deixaram mais de 600 mortos são o maior desastre natural do Brasil em números de mortos, num país historicamente "abençoado como quase nenhum outro país de seu tamanho por ser quase livre de calamidades do tipo". "Terremotos, ciclones, furacões, nevascas, vulcões em erupção - nenhum se mostrou uma ameaça ao Brasil", diz o diário. Uma especialista das Nações Unidas sobre desastres ouvida pelo jornal comenta que até recentemente as secas eram o desastre natural mais conhecido e mais custoso ao Brasil, mas que ultimamente as enchentes e tempestades vêm se tornando cada vez mais comuns.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,apos-tragedia-brasil-discute-falta-de-preparo-para-desastres-diz-nyt,667212,0.htm

domingo, 16 de janeiro de 2011

Leiam a matéria de Raquel Rolink. Muito interessante!!!

Na última terça-feira Raquel Rolink participou do Jornal da TV Cultura, falando sobre o problema das chuvas que atingem várias regiões do nosso país nesta época do ano. Depois da apresentação de uma reportagem que mostrava deslizamentos de encostas e perdas de vidas em várias cidades, a primeira pergunta do apresentador Heródoto Barbeiro foi: “isso tem solução?”

Segue a resposta de Raquel Rolink:

“Tem solução, sim. Evidentemente algumas medidas são paliativas. Há formas de intervenção para melhorar a estabilidade dos terrenos, drenar melhor a água, conter encostas, ou seja, melhorar a condição de segurança e a gestão do lugar para que, mesmo numa situação de risco, se possam evitar mortes. Mas a questão de fundo é que ninguém vai morar numa área de risco porque quer ou porque é burro. As pessoas vão morar numa área de risco porque não têm nenhuma opção para a renda que possuem. Estamos falando de trabalhadores cujo rendimento não possibilita a compra ou aluguel de uma moradia num local adequado. E isso se repete em todas as cidades e regiões metropolitanas. Não adiantam nada as obras paliativas aqui e ali se não tocarmos nesse ponto fundamental que é: quais são os locais adequados, ou seja, fora das áreas de risco, que serão abertos ou disponibilizados para que a população de menor renda possa morar?”.

Quem quiser assistir a edição completa do telejornal, pode acessar o site da TV Cultura no seguinte link: http://www.tvcultura.com.br/jornal-da-cultura/programa/jc20110111

Enquanto isso, em Minas Gerais, as chuvas também castigam

Pelo menos mil pessoas tiveram que deixar suas casas por causa de inundações em Itamonte (MG), aumentando para 2 mil o número de desalojados no estado. A prefeitura de Itamonte decretou situação de emergência. As ruas do centro da cidade estão alagadas desde a quinta-feira. A BR-354 está tomada pela água e o trânsito só fluía em meia pista. Pelo menos 15 barreiras caíram na estrada.
As águas do rio Capivari subiram 5 metros acima do nível normal e deixaram 100 pessoas desalojadas. Uma via de acesso ao Estado de São Paulo foi interditada por deslizamento de terra. Já na cidade de Alagoa, também no sul do Estado, cerca de 200 pessoas ficaram desalojadas por conta de cheias dos rios Aiuruoca e Ribeirão Vermelho. Em Carvalhos, afluente do rio Aiuruoca subiu 6 metros acima do normal, atingiu parte da área urbana e deixou duas comunidades rurais isoladas. O secretário de assistência social da prefeitura, André Salomão de Almeida, disse que casas foram inundadas e algumas desmoronaram na zona rural do município. “Essa enchente foi a maior que já ocorreu na cidade. As pessoas perderam muitas coisas e estão alojadas em casa de vizinhos, amigos ou parentes”, afirmou.
Na mesma região, os municípios de Camanducaia, Ouro Fino, Conceição do Rio Verde, Cambuquira, Pouso Alegre, Lavras, Espírito Santo do Dourado, entre outras, registraram na semana passada problemas com cheias de rios, deslizamentos de encostas, desabamentos de casas ou inundação de ruas por conta de enxurradas.
O acesso à cidade de Conceição do Rio Verde está sendo feito por um distrito do município. As chuvas abriram uma cratera em estrada da localidade. Na cidade de Lavras, duas casas desabaram após o terreno, onde foram erguidas, ter se movimentado em decorrência dos temporais.

Segundo o Balanço da Defesa Civil é que em todo o Estado, quase oito mil pessoas ficaram desalojadas e 1.031 desabrigadas. Foram registradas 11 mortes. No total, mais de 150 mil moradores foram afetados pelas enchentes. A Defesa Civil informou ainda que, 11 depósitos em todo o Estado estão abastecidos com cobertores, colchões, cestas básicas, kits de medicamentos, lonas e telhas para fornecer aos municípios que tiverem problemas com a chuva. Desde o começo do período chuvoso, em setembro deste ano de 2010, 36 municípios decretaram situação de emergência e 51 comunicaram ocorrência de chuvas fortes.

Quanto ao tempo, a previsão do sítio Climatempo é que neste domingo, uma frente fria permanece semiestacionária no Sudeste, mantendo condições para chuva principalmente sobre RJ, sul do ES, grande parte de MG, estendendo pelo GO, reforçando chuva também em MT e TO. Massa de ar seco ganha força no Nordeste, apenas oeste do MA fica sujeito a pancadas de chuva. Tempo segue aberto no RS, mas instabilidades localizadas provocam pancadas de chuva em SC, PR e SP. Vento que sopra de leste traz muita umidade e chuva periste na costa do PR e do norte de SC, conforme pode ser visto na figura a seguir.

Cabral decreta Estado de Calamidade

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou estado de calamidade pública nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Areal.
A decisão do governador visa a dar maior agilidade na contratação de serviços, aquisição de materiais e execução de obras nas áreas atingidas pelas fortes chuvas. O decreto de estado de calamidade pública permite dispensa de licitação para reabilitação das cidades mencionadas e destruídas.
E permite também a você morador de não pagar o IPTU. Procure maiores esclarecimentos a um advogado, porque o Estado de Calamidade decretado pelo Governador possibilita pelo menos que você morador possa se eximir de pagar impostos municipais para que o mesmo possa ser utilizado em seu benefício.
Fonte: Joranl Folha de São Paulo.

Imagens de Nova Friburgo em 2008, durnante o Tralho de Campo em Nova Friburgo - GEO 450. pela UFV

Em 27 de Junho de 2008, a turma da disciplina Geografia e Meio Ambiente - GEO 450 - Curso de Geografia, desenvolveu um trabalho de campo no município de Nova Friburgo. Antes de fixarmos pouso em nosso destino final, Galdinópolis, pertencente ao distrito de Lumiar. A impressão da turma foi a melhor possível. Como a maior parte nunca tinha ido a região serrana do rio de Janeiro, ficaram espantados com os grandes afloramentos e as gargantas de vales formados por elevado grau de controle litoestrutural. O primeiro ponto que conheceram da cidade foi exatamente no mirante da cidade, que se localiza acima da praça do teleférico. Após a estadia em Nova Friburgo fomos em direção a Petrópolis, que BR-495, que liga os municípios pela região serrana. Ess ecaminho hoje está repeleto de deslizamentos Uma pena, até mesmo porque essa área é a maior produtora de hortaliçcas e verduras para a região metropolitana do Rio de Janeiro, que já sofre por desabastecimento.
Apesar da tristeza que assola a todos, o número de morte, ainda continua crescendo, hoje segundo a Defesa civil o número é de 611. Nova Friburgo segue como a cidade mais afetada, com 274 vítimas. Teresópolis registra 259 mortos; Petrópolis, 55; Sumidouro, 19 e São José do Vale do Rio Preto, 4.
Mas acredito que não teremos esse número exato, mas uma aproximação, que penso alcançar ao número de 1.000 pessoas. Isso porque ainda existem áreas distantes, que os bombeiros e a Defesa civil não consegui chegar, mais por excesso de demanda de atendimento na área central, enquanto bairros inteiros estão sem ajuda até o momento. Em contrapartida os parentes angustiados procuram escavar os escombros para encontrar seu entes e sepultá-los , mesmo que seja no fundo do quintal. Esses corpos não são contabilizados, o que reforça a idéia de termos ou alcançarmos o número próximo a de 1.000 óbitos.


Visão parcial da área central do município de Nova Friburgo.

Igrejinha situada na Praça do Teleférico

Visão parcial do rio Bengala que atravessa a área central de Nova Friburgo

Visão da encosnta com vegetação debilitada já na porção superior próximo ao
Mirante de Nova Friburgo.

Visão de uma comunidade ocupando as vertentes da encostam, que apresenta pontos de deslizamento na proção supriro da mesma.


sábado, 15 de janeiro de 2011

Deslizamento e um dos maiores do mundo, conforme a ONU

O drama que assola a região serrana do Rio já está entre os dez piores deslizamentos do mundo nos últimos 111 anos. O número de vítimas do desastre ultrapassou o de uma tragédia na China que até então ocupava a décima posição no ranking da ONU - ainda não atualizado. Além disso, o deslizamento desta semana já é o segundo maior do mundo no último ano e o terceiro maior da década.
Os dados fazem parte do banco de estatísticas do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres. A entidade com sede na Bélgica fornece os números oficiais da ONU para avaliar respostas a desastres naturais pelo mundo. A organização coleta dados desde 1900. Para especialistas, problemas semelhantes ao do Rio já vêm sendo registrado no Brasil há anos e as explicações estão na falta de vontade política e de investimentos.
Até ontem, o ranking dos dez piores deslizamentos no mundo tinha como nono e décimo lugares, respectivamente, desastres no Peru (600 mortos) e China (500). Até o fechamento desta edição, às 23h45, 510 pessoas haviam morrido no Rio.
O maior desastre relacionado a um deslizamento de terra, porém, aconteceu em 1949, na União Soviética, com 12 mil mortos. O segundo maior foi no Peru, em dezembro de 1941, e deixou 5 mil vítimas.

Apesar da grande quantidade de água que desceu morro abaixo, especialistas brasileiros e a própria ONU classificam o fenômeno natural como deslizamento, e não enchente - que tecnicamente ocorre quando o nível de água de um rio sobe além do normal e destrói casas construídas nas margens. Isso também ocorreu, mas grande parte da destruição e das mortes foi causada pelos deslizamentos. O evento também é o pior deslizamento de toda a história do Brasil. Ele superou em número de vítimas o registrado em 1967, em Caraguatatuba, quando 436 pessoas morreram. A tragédia desta semana é a segunda pior catástrofe climática do País - também em 1967, uma enchente no Rio matou 785 pessoas. No topo da lista está uma epidemia de meningite de 1974 em São Paulo, ainda contabilizada pela ONU como o maior desastre natural do País. Últimos 12 meses. Em um ano, o desastre fluminense também já entra para os registros da ONU, superado apenas por um incidente em agosto de 2010 na China, com 1,7 mil mortos. Na década, apenas dois deslizamentos de terra foram mais mortais que o do Estado do Rio desta semana. Além do que ocorreu no ano passado na China, as Filipinas registraram um desastre desse tipo em 2006, que deixou 1.126 mortos.

Não é a primeira vez que o País aparece com destaque na lista de desastres naturais. Em 2008, o Brasil foi o 13.º país mais afetado por desastres naturais. Pelo menos 2 milhões de pessoas foram atingidas, principalmente por chuvas. Só as de Santa Catarina, em novembro daquele ano, atingiram 1,5 milhão de pessoas.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110114/not_imp665962,0.php


Dilma libera 100 milhões para o Rio

BRASÍLIA - O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, afirmou nesta tarde que a presidente Dilma Rousseff determinou a liberação de R$ 100 milhões para o Estado do Rio de Janeiro e os municípios fluminenses atingidos pelas fortes chuvas nesta última semana. Do total, R$ 70 milhões serão direcionados para o Estado do Rio, R$ 10 milhões para o município de Nova Friburgo, R$ 7 milhões para Teresópolis, R$ 5 milhões para Petrópolis e o restante para as demais cidades afetadas. "Os recursos estão sendo disponibilizados hoje, e 50% já estarão nas contas do Estado e dos municípios na segunda-feira", disse Bezerra.Segundo ele, o dinheiro liberado servirá para apoiar as medidas de socorro e emergência realizadas nas áreas atingidas, além da limpeza de ruas, bueiros e reparos em pontes e estradas.Bezerra disse ainda que a presidente Dilma também determinou que, a partir de segunda-feira, os trabalhadores do municípios em estado de calamidade pública poderão sacar do FGTS até R$ 5.400,00, equivalentes a 10 salários mínimos.

Despsas com os desastres ficam aquém do necessário

Há dois anos, o Ministério da Integração Nacional tenta viabilizar a construção do Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres (Cenad), que acumulou ao longo deste período orçamento de R$ 2,6 milhões e poderia minimizar os danos provocados pelas chuvas com o monitoramento dos riscos. Nenhum centavo, no entanto, foi liberado para o projeto, segundo o ministério, “por conta de dificuldades relacionadas ao terreno que vai abrigar o departamento em Brasília”.
Na verdade, o que se pretende é a criação de um espaço próprio e adequado para o pleno funcionamento do Cenad, que já mantém atividades desde 2005 nas dependências do Ministério da Integração, em uma estrutura mínima, ocupando apenas três salas da sede do órgão. O papel do centro é acompanhar e monitorar as ocorrências de desastres naturais no país. Mas a falta de estrutura impede a otimização das atividades de coordenação da rede nacional de informações para a prevenção e o atendimento de desastres.
Hoje, segundo informações do Ministério da Integração, o Cenad está incumbido de prestar assistência humanitária, provendo a operação carro-pipa, a distribuição de cestas básicas e o controle da rede de rádios amadores. Segundo a Integração, atualmente o Cenad não é ativado em todas as situações de desastres. Nos casos de menor gravidade, as defesas civis locais são incumbidas de contornar os danos. Mas quando há demandas de vários municípios e estados, às equipes do Cenad entram em ação.
Fonte: http://contasabertas.uol.com.br/WebSite/Noticias/DetalheNoticias.aspx?Id=401.


Orçamento Geral da União para o Gerenciamento de Desastres

Emendas de Araque

Dizem que o primeiro "desvio" da nossa história foi o de Pedro Álvares Cabral, que navegava para as Índias e acabou atracando na costa brasileira. De lá para cá, os desvios passaram a ser mais orçamentários do que geográficos.
Há quase um século, Ruy Barbosa afirmou, em frase célebre, "o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto". Atualmente, a preocupação não é diferente. Conforme pesquisa da Transparency International, seis em cada dez brasileiros acham que a corrupção aumentou nos últimos três anos. A boa notícia é que em todo o mundo as pessoas não estão conformadas com a escalada da roubalheira. Em cada dezena de cidadãos, sete estão dispostos a denunciar um ato de corrupção, caso venham a testemunhá-lo.
No Brasil, o recente escândalo das emendas parlamentares para as áreas de Cultura e Turismo repetiu o que acontece há duas décadas. Em 1991, matéria do jornalista Mário Rosa ganhou o Prêmio Esso de Informação Política abordando repasses da Legião Brasileira de Assistência para entidades privadas de Alagoas, administradas por parentes da então primeira-dama Rosane Collor. Em 1993, surgiram os "Anões do Orçamento", remetendo dinheiro público para entidades filantrópicas ligadas a parentes e laranjas. Em 2006, apareceram os sanguessugas propondo a compra de ambulâncias superfaturadas. Em resumo, tudo muito parecido envolvendo, quase sempre, emendas ao Orçamento, parlamentares, empreiteiras, prefeituras e organizações não governamentais (ONGs). Quase um crime continuado.
A bola da vez é, principalmente, o Ministério do Turismo. A fórmula é simples. Um parlamentar apresenta emenda orçamentária destinando recursos para determinada entidade privada realizar evento turístico. A ONG fajuta recebe a verba e contrata uma produtora para realizar o evento. A festa acontece por preço inferior ao montante proposto na emenda, mas notas fiscais falsas justificam o valor original. Assim, sobra grana para dividir entre as partes.
Fonte: http://contasabertas.uol.com.br/WebSite/Midias/DetalheMidias.aspx?Id=1895.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Um mapa das chuvas nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011

Na análise da carta sinótica de superfície das 00Z de hoje (12/01/2011), observa-se uma Zona de Convergência de Umidade (ZCOU) estendendo-se do sudeste do AM até o sul de MG, RJ e Atlântico . No oceano, este sistema acopla-se a uma onda frontal com baixa pressão de 1001 hPa, posicionada em 36S/40W. Ao sul deste cilcone há uma área de alta pressão que está conectada à Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS). Um sistema frontal frio de fraca intensidade é observado sobre o sudeste da Argentina. Já o ramo quente deste sistema está acoplado a uma frente estacionária no Atlântico. Ao sul de 40S, entre o Pacífico e o Atlântico, tem-se a atuação de sistemas frontais transientes. A ASAS está centrada por volta de 32S/11W (fora do domínio desta carta), com núcleo pontual de 1028 hPa. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) tem valor de 1023 hPa centrada em torno de 30S/100W. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) oscila em torno de 5N e 8N sobre o Pacífico e entre 2N e 4N sobre o Atlântico.

A repercussão dos sistemas de ZCOU e ZCAS para os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e norte de São Paulo, pode ser visualizado no mapeamento pluviométrico elaborado pelo SIMGE (Minas Gerais) órgão responsável pelo monitoramento dos fenômenos clima´ticos no Estado de Minas Gerais.

Distribuição da Pluviosidade no dia 11/1/2011
Distribuição da Pluviosidade no dia 12/1/2011
As chuvas se intensifiacaram na madrugada do dia 12. Em Minas Gerais, cidades da Zona da Mata Mineira receberam o alerta de fortes chuvas, e a cidade no qual moro, Teixeiras-MG divulgou o informe do alerta via carro de som no horário do BBB da Globo. Nos chamou a atenção, pois nunca antes nessa cidade, que resido a 4 anos, emitiu um sinal de alerta, mesmo sofrendo muito com as chuvas de 2006 e 2008, que assolaram o Estado de Minas Gerais, especificamente, a Zona da Mata Mineira.

Esse comemtário a respeito do Alerta, se deve a minha indiquinação, quanto aos governantes do poder executivo local, que vão a público posar de cordeirinhos do céu, dizendo que não sabiam de nada. Até parece que os memos deixam de ser cidadãos e de saber que vivemos em um país tropical, onde Janeiro chove e epnas cessa com as águas de março fecahnado o verão. A desculpa do eu não sabia, não serve mais para explicar a porta arrombada. Agora estamos na ultima contagem de 537 óbitos confirmados na região serrana do Rio de Janeiro. Mas não podemos esquecer que os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que também ficam na rota das zonas de convergência estão em situação de risco também. Apesa de não registrarem tantas vítimas fatais, a infra-estrutura de muitas cidades pequenas está totalmente destruída.

Nesse momento (14-1-2011 às 19:50), a elevada quantidade de nuvens na atmosfera inferior, persiste para os Estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais, conforme pode ser visto nas imagens a seguir do INPE e do SIMGE, respecivamente.

No sábado (15/01), de acordo com o INPE, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) continuará atuando sobre o país e por isso haverá muitas nuvens e pancadas de chuva na Região Norte, Centro-Oeste e sobre MG, ES e RJ. Em algumas localidades a chuva poderá ser mais forte e causar transtornos à população.
Por isso, recomenda-se acompanhar os boletins de tempo e orientações da Defesa Civil. No leste do Nordeste o dia será de sol e variação de nuvens. Na faixa litorânea de SP até o litoral nordeste de SC e sul de SP o tempo ficará encoberto com chuva isolada. No sul do RS o sol aparecerá entre poucas nuvens. Nas demais áreas do RS e de SC o calor e a alta umidade causarão pancadas de chuva. Nas demais áreas do país a chance de pancadas de chuva será menor. As temperaturas estarão estáveis.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Dilma visita as áreas atingidas

Após sobrevoar a Região Serrana do Rio nesta quinta-feira (13), a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral falaram sobre os trabalhos de resgate e reconstrução nas áreas atingidas pela chuva. “É de fato um momento muito dramático. As cenas são muito fortes. É visível o sofrimento das pessoas. O risco é muito grande”, disse Dilma. Sobre a prevenção de deslizamentos, Dilma disse que a questão é de ocupação adequada do solo. "A prevenção não é uma questão de Defesa Civil apenas. É uma questão de saneamento, drenagem e política habitacional de governo", disse Dilma. "A moradia em área de risco no Brasil é a regra, não é a exceção", afirmou. As chuvas na Região Serrana do Rio deixaram centenas de mortos em pelo menos quatro municípios desde terça-feira (11).
Fonte: G1 - Chuvas no Rio


Fonte: Vista aéara de uma enconsta em Nova Friburgo - G1 - Chuvas no Rio

Situação de Emergência em municípios mineiros.

Deve chover forte em vários pontos do Estado de Minas Gerais na tarde desta terça-feira (11) e a Defesa Civil está em alerta. Sessenta e cinco (65) cidades mineiras já decretaram situação de emergência nesta estação chuvosa. As últimas foram Belmiro Braga (264 km de Belo Horizonte) e Caputira (212 km da capital), na Zona da Mata mineira, que assinaram o decreto ontem. Decretando emergência, os municípios pedem ajuda oficial ao governo do Estado e podem receber recursos financeiros e socorro humanitário. É necessário, porém, que a Defesa Civil estadual homologue a situação de emergência, o que ocorreu com 15 dos 65 municípios que a decretaram. Em outros 30, a situação está em análise. As restantes foram arquivadas. As chuvas fortes, que podem durar até quinta-feira (13) de acordo com previsões do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), devem cair principalmente no noroeste, centro, oeste e sul do Estado, além do Triângulo Mineiro e da Zona da Mata. Em Belo Horizonte o dia amanheceu nublado e com garoa. É na capital que estão quase 80% (950 mil) do total de pessoas afetadas pela chuva, que chega a 1,2 milhão. Já passa de 15 mil o número de moradores do Estado que tiveram de deixar suas casas.


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tragédias recorrentes na região serrana do Rio de Janeiro - Petrópolis

Caso a chuva forte persista nos próximos dois dias, o Centro de Petrópolis passará a ter risco de deslizamentos de terra”. O alerta é do engenheiro agrônomo Rolf Dieringer, que faz o monitoramento do solo na região. “Nos últimos três dias choveu o equivalente a 80 milímetros, o que não representou risco para o Centro da cidade e ficou muito longe da quantidade que caiu sobre a região de Itaipava. Mas, caso chova mais de 60 milímetros nos próximos dias, o risco passa a ser significativo.
Dentro das previsões do tempo é possível que isso aconteça”, informou. Este estudo é realizado dentro do projeto Vigilantes da Chuva, que é um trabalho técnico científico desenvolvido por Rolf, desde 1988 (ver a tragédia na figura abaixo), que foi adotado pela prefeitura de Petrópolis em 1989. “O pluviômetro caseiro, que é utilizado pela Defesa Civil, é derivado deste trabalho”, afirmou o engenheiro.
De acordo com a meteorologista do Terra Tempo, Edilene Moraes, a previsão é de chuva forte para a região até a próxima semana. “A situação é de alerta, como previnem os órgãos públicos. Pode haver um volume significativo de chuva atravessando este fim de semana. A expectativa é de que chova até o dia 17, mas a previsão pode mudar ao longo do tempo”, informou. Segundo ela, com a passagem de uma frente fria, a sexta-feira e o sábado poderão ter temperaturas mais baixas. “A entrada do ar frio pode fazer com que haja queda na temperatura no fim de semana”, considerou. Edilene disse também que a quantidade de chuva não deve ser medida apenas pelo acumulado do dia. “Não depende do número de dias que chove, mas sim da intensidade da chuva. Às vezes, em dez minutos pode chover mais que em um dia inteiro. O quadro é muito complexo, pois o risco de deslizamentos não depende só da chuva, mas de fatores geológicos e também das condições das construções. A recomendação é de alerta”, concluiu a meteorologista.

Fonte: Diário de Petrópolis


Chuvas fortes no Estado do Rio mata na BR-116

De acordo com o INPE a chuva muito intensa causou muitos transtornos, e inclusive mortes na região serrana do Rio de Janeiro. De acordo com o Inmet, entre 8 horas (Brasília) de ontem e 8 horas de hoje choveu aproximadamente 201 mm, em Nova Friburgo. Vale ressaltar que para um período de 24 horas esta quantidade de chuva é muito elevada. O número de mortos desde terça-feira (11/01/2011) é de 57 pessoas. De acordo com informações, 64 pessoas morreram em Teresópolis confirmadas pela prefeitura), 7 em Nova Friburgo, e 2 em Petrópolis.
Mais de mil pessoas estão desabrigadas. Há também problemas nas estradas com queda de barreiras e deslizamentos de encostas. Estas chuvas foram provocadas pela Zona de Convergência de Umidade (ZCOU), sistema meteorológico que é uma pista de nuvens que transporta umidade e calor da região Amazônica para os Estados do Sudeste brasileiro, o que deixa as nuvens ainda mais carregadas favorecendo, assim, as chuvas fortes e os acumulados de chuva. Este comportamento atmosférico ainda deverá permanecer, pelo menos, pelos próximos 3 dias.Em Teresópolis, nas proximidades do mirante do Dedo de Deus, as fortes chuvas abreviaram a vidad da família de Bruno Ferreira Campos, 34 anos, Viviane Ferreira Gonçalves, 33, e a filha do casal, Gabriele, de 7 meses, voltavam de Minas Gerais quando o Palio da família foi atingido por sete toneladas de pedras e árvores, conforme pode ser visto na figura a seguir.
A família morreu na hora, mas a mãe de Viviane, que viajava atrás do carona, sobreviveu. Maurina Gonçalves, 56, foi lançada do automóvel e escapou do soterramento. Com escoriações leves, ela foi socorrida por motoristas. “Pelo estado em que ficou o carro, foi um milagre ela ser salva”, disse o pai de Viviane, o comerciante Antônio Ângelo Gonçalves, 56.



Fonte: Jornal O Dia

Após o carro ser atingido por um árvore, Maurina tentava salvar a neta, presa à cadeirinha, quando uma pedra caiu sobre o carro. “Eles estavam muito felizes, voltavam de férias na casa do avô. Nossa família está despedaçada”, disse Afonso Ângelo, 60, tio de Viviane. O enterro será hoje no Cemitério de N. Sra. das Graças, na Vila Operária, em Caxias. O engenheiro João Oliveira, que vinha atrás do Palio, escapou por milagre: “Estava dirigindo quando, de repente, escureceu tudo. Foi um chuveiro de pedras em cima do carro. Acho que nasci de novo”.
A tragédia ocorreu no mesmo ponto onde outra pessoa morreu em um deslizamento, em 2002. “A concessionária (CRT) terá que fazer contenção. É um ponto de risco permanente”, observou Rossi. O gerente de marketing da CRT, Pedro Lancastre, informou que R$ 50 milhões foram investidos na contenção de encostas em 13 anos: “A estrada tem 163 pontos críticos nos quais a CRT atua, monitorando alguns por equipamentos eletrônicos que medem a movimentação da terra. O episódio não tem a ver com encostas, por ser área de preservação ambiental onde há árvores que fazem a proteção natural”. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apura no local as causas do deslizamento.